ALBERGARIA
É uma das familias mais distintas e antigas de Portugal. As origens documentadas desta familia remontam a D. Paio Delgado, Cavaleiro que viveu no século XII e institui um albergaria em Lisboa, donde a sua linha de descendência secundogénita tiraria o apelido, enquanto a primogénita veio adoptar o de Rebelo. Os membros daquela adequiriram grande e merecida fama por feitos praticados no Oriente, durante o século XVI. Usaram os Albergarias por armas:
Armas: De prata, carregada de doze escudetes de azul, cada um dos quais com cinco besantes do campo, dispostos em aspas. Tudo leva a crer que semelhante bordadura constitui um acrescentamento honroso. O timbre destas armas é formado por um dragão de vermelho.
CANELAS
Alguns genealogistas indicam Fernão Martins de Almeida como o primeiro desta familia, o qual comprou a Quinta de Canelas e que seria contemporâneo de D. Sancho I. Outros dizem que o primeiro a usar este apelido terá sido Fernão Canelas, que o tirou de uma "cavalaria" que possuía com essa designação e que viveu no século XIII. Outros afirmamque os Canelas descendem de João Pires Canelas, cidadão honrado de Lisboa em finais do século XIV.
Armas: Escudo franchado, sendo o primeiro e o terceiro de prata, com uma flor-de-lis de azul, e o segundo e o quarto de verde, com um escudete de prata com cinco bandas de vermelho. Timbre: grifo de azul sainte, armado e lampassado de prata, com um dos escudetes das armas pendentes do bico por uma fita verde.
CUNHA
Apelido de raiz toponímicas, por se dizer ter sido tirado da Quinta de Cunha-a-Velha, individualizou uma muito nobre e antiga familia portuguesa, que já aparece documentada no século XIII. O primeiro que se conhece a usar este apelido parece ter sido D. Fernão Pais da Cunha. Seu bsineto Martim Vasques da Cunha, alcaide-mor de Celorico de Basto e senhor do morgadio de Tábua, terá sido o tronco dos deste apelido.
Armas: de ouro, com nove cunhas de azul, postas três, três e três. Timbre: grifo sainte de ouro, semeado de cunhas de azul e com asas de um no outro.
Os Cunhas que tiveram o Senhorio de Tábua e que se haviam entroncado com os Albergaria usaram:
Armas: escudo esquartelado, sendo o primeiro e o quarto de ouro, com nove cunhas de azul postas três, três e três, e o segundo e o terceiro de prata, com uma cruz florenciada e vazia de vermelho; bosdadra de prata, carregada de nove escudetes de azul, cada qual carregado de cinco besantes do campo postos em aspa.
São uma mistura das armas dos Cunhas comas dos Albergarias. A chefia desta familia encontra-se na Casa dos Condes da Cunha.
FREIRE DE ANDRADE
Familia de grande nobreza e antiguidade proveniente da Galiza, cujo solar "a Villa de Andrada" que fica entre a Puente Deume, Ferrol e Villalba, de cujas Vilas o Rei D. Henrique II fez mercê a seu privado Fernão Peres de Andrade, descendente de Bermudo Peres de Traba Freire de Andrade. Várias vezes os seus membros passaram a Portugal, mas foi só Rui Freire de Andrade que aqui se fixou em definitivo com os seus dois filhos, em pleno século XVI, deixando larga descendencia que adequiriu grande lustre ao longo das gerações.
Armas: De ouro, com uma banda de vermelho abocada por duas cabeças de serpe de verde salpicadas de ouro e acompanhada de duas caldeiras axadrezadas de vermelho e prata.
JAQUES
Este apelido tem origem no Reino de Aragão. Alão de Moraes indica-nos que um fidalgo aragonês, de nome Guillen Jacques, com um solar nas montanhas de Jaca, esteve com D. António de Luna quando este matou D. João de Herédia (Bispo de Saragoça), tendo tomado partido do Conde de Urgel. Entrou em Portugal com a Infanta D. Isabel, mulher do D. Pedro (Infante-Regente e filho de D. João). Estabeleceu-se no Algarve, onde os seus descendentes instituíram o morgado da Bordeira.
PAIVA
Este apelido deriva do senhorio de Paiva, em Ribadouro. É um ramo dos "de Baião", pois descendem de um dos filhos de D. Arnaldo de Baião, o D. Guido Araldes, Senhor de Aguiar de Sousa e de Paço de Sousa. O nome Paiva só viria a ser utilizado algumas gerações mais tarde, com João Soares de Paiva, "o Trovador", tendo vivido entre 1275 e 1325.
Armas: Azul, com três flores-de-Lis de ouro nas pontas ou de uma única ao centro.
TELO
Ou Teles é um apelido derivado do patrominico de Telo, bastante comum na Idade Média, pelo que haverá muitas famílias que o adoptaram. Duas, no entanto, começaram a fazê-lo bem cedo, ambas a partir do tronco dos Meneses e descendentes de D. Telo, dos "de Meneses": são elas as dos Teles de Meneses e dos Teles da Silva. E a ambas se atribuem as mesmas armas.
Armas: Esquartelado de Meneses e de Silvas, tendo como timbre o leão destes.
VARELA
Este apelido é de origem galega, entraram em Portugal vários membros desta família em épocas diferentes. Um dos que usou este apelido foi D. Fernão Pais Varela, chamado de "o Capelo", devido ao golpe violento que lhe deram na cabeça durante a batalha de Navas de Tolosa (1212). Dele e de sua mulher, D. Teresa Lopes de Ulhó, houve descendência que continuou com este apelido.TELO
Ou Teles é um apelido derivado do patrominico de Telo, bastante comum na Idade Média, pelo que haverá muitas famílias que o adoptaram. Duas, no entanto, começaram a fazê-lo bem cedo, ambas a partir do tronco dos Meneses e descendentes de D. Telo, dos "de Meneses": são elas as dos Teles de Meneses e dos Teles da Silva. E a ambas se atribuem as mesmas armas.
Armas: Esquartelado de Meneses e de Silvas, tendo como timbre o leão destes.
VARELA
Armas: Prata, cinco bastões soltos de verde, aguçados em ponta, postos em banda e alinhados em contrabanda. Timbre: um leão sainte de prata, com um dos bastões nas garras.