Dos Guerreiro Raposo de Ourique à sua descendência em Alvôr
Do primeiro Bourgogne em Portugal à sua descendência no Algarve
(Até aos nossos dias perfazem-se 902 anos de história)
(Famílias Bourgogne, Soares de Albergaria, Cunha, Portocarrero, Paiva, Jaques e Jorge)
1. D. Afonso Henriques de Bourgogne (1º Rei de Portugal), nasceu em 1109 em Viseu e faleceu a 6.12.1185 em Coimbra. Filho de D. Henrique de Bourgogne (Conde de Portugal), nascido em 1069 em Dijon e de D. Teresa de Castela (Condensa Soberana de Portugal), nascido em 1080. Casou-se com D. Mafalda de Savoie e teve vários relacionamentos entre os quais Elvira Gálter e mais três relacionamentos dos quais se desconhece o nome, contudo destas quatro mulheres existiram descendência conhecida.
1.1 D. Henrique de Bourgogne, nasceu em 1147 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.2 D. Mafalda de Bourgogne, nasceu em 1148 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.3 D. Urraca de Bourgogne, nasceu em 1151 e filho de D. Mafalda de Savoie. Casou com Fernando II de Castela e Rei de Leão, divorciaram-se e tiveram como filho o Alfonso IX.
1.4 D. Sancha de Bourgogne, nasceu em 1153 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.5 D. Sancho I o Povoador (2º Rei de Portugal), nasceu em 1154 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.6 D. João de Bourgogne, nasceu em 1156 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.7 D. Teresa de Bourgogne, nasceu em 1157 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.8 D. Urraca Afonso de Bourgogne, filha de Elvira Gálter. Teve o Senhorio de Avô que posteriormente trocou pelo de Aveiro.
1.9 D. Frei Pedro Afonso de Bourgogne, nasceu em 1130 e filho do 1º relacionamento desconhecido. Foi Mestre da Ordem de Cristo.
1.10 D. Teresa Afonso de Bourgogne, com quem se continua.
1.11 D. Frei Afonso de Bourgogne, nasceu em 1135 e filho do 2º relacionamento desconhecido. Foi Grão-mestre da Ordem de S. João de Jerusalém.
1.12 D. Fernando Afonso de Bourgogne, filho do 3º relacionamento desconhecido. Foi Alferes-mor do Reino.
2. D. Teresa Afonso de Bourgogne, nasceu em 1134 e foi filha do 2º relacionamento desconhecido de D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal. Casou-se com D. Sancho Nunes, Conde de Celanova, nascido em 1077 e tiveram uma filha Fruilhe Sanches. D. Teresa. Teve um 2º casamento com D. Fernão Mendes “o Bravo” de Bragançãos, senhor de Bragança, nascido em 1096.
O conde D. Pedro diz que D. Afonso Henriques teve esta filha D. Tereza Afonso em D. Elvira Galtér e que, portanto, era irmã inteira de D. Urraca Afonso, casada com D. Pedro Afonso de Lumiares. Mas esta D. Urraca é bem mais tardia, ainda se documentando casada em 1212. D. Tereza Afonso foi certamente a primeira das filhas naturais de D. Afonso Henriques e seria irmã inteira de D. Afonso, nascido em 1135, que foi grão-mestre da Ordem de S. João de Jerusalém (1203-6). Muito se tem escrito sobre esta D. Tereza Afonso, a célebre filha que o Livro Velho, o Livro do Deão e o conde D. Pedro dizem que D. Afonso Henriques tirou ao conde D. Sancho Nunes de Celanova, seu marido, para dar em casamento a D. Fernão Mendes de Bragançãos. Alguns estranham esta história, algo anedótica de facto, esquecendo-se, talvez, que D. Fernão Mendes tinha o poder suficiente para retirar ao domínio português praticamente Trás-os-Montes inteiro, entregando-o a Leão e Castela. E que D. Afonso Henriques pode, de facto, ter sido obrigado a usar a sua filha para impedir isso mesmo, conseguindo ao mesmo tempo, com a doação em dote, mater de vez o território no domínio nacional. Isto mesmo, de resto, diz Mattoso. (Fonte: Manuel Abranches Soveral).
3. D. Fruilhe Sanches de Celanova, nasceu em 1150, Condensa, foi casada com D. Pedro de Bragançãos, Senhor de Bragança, nascido em 1120 e tiveram uma filha, D. Sancha Pires.
4. D. Sancha Pires de Bragançãos, nasceu em 1166 e foi casada com D. Ermigio Mendes de Ribadouro, nascido em 1132.
4.1 Fruilhe Ermiges,com quem se continua.
4.2 Munio Ermiges, faleceu em 1216.
4.3 Rodrigo Ermiges
4.4 Afonso Ermiges
4.5 Urraca Ermiges, foi freira em Santo Tirso, onde jaz com inscrição.
5. Fruilhe Ermiges de Ribadouro, nasceu em 1182 e foi casada com Fernando Ermiges (de Baião), nascido em 1150. D. Fruile Ermiges em 1206 teve de D. Sancho I, sendo «multum naturalis» sua, as «hereditate» que este rei tinha em Cira. Em 1212, esta mesma D. Fruile Ermiges, juntamente com seu filho João Fernandes, aparentado agir como sua tutora, pelo que ele seria ainda menor, deram foral à vila e concelho de Xira. Eram então senhores de Xira e também da vizinha povoação de Vila Franca de Xira. Diz o foral: «mandamos que morem os moradores de xira ensembra com os de vila franca nosa poboraçon». Mas também várias vezes se refere no foral a essa povoação de Vila Franca como «vila franca de xira», pelo que, na verdade, a designação já existia em 1212, sendo que a partir desta data se unem numa única unidade administrativa. Em 1218 a dita D. Fruile Ermiges doou à Ordem do Templo todas as suas «hereditatem de Cira», portanto as que D. Sancho lhe doara. Além disso, doou o que ainda tinha de seu (ou viesse a ter), quer em Portugal, quer em Leão e Castela. Entende-se que já não seria muito, provavelmente por já ter dotado os filhos. Diz que o faz pela sua alma, a de seu marido e a de seus filhos e parentes. Infelizmente não nomeia nem o marido nem os filhos. Tendo tudo em conta, nomeadamente a certeza que era casada com um Fernado, dado o patronímico do filho, e a referência ao que tinha em Leão e Castela, é muito provável que possamos identificar esta D. Fruile Ermiges com a homónima filha de D. Ermigio Menendez de Ribadouro, governador de Penafiel, que o Livro Velho diz que casou com um leonês e se documenta que teve pelo menos uma filha, D. Maria Fernandes, falecida antes dela e sepultada em Vila Boa do Bispo, o que, pelo patronímico da filha, nos revela que esta D. Fruile também casou com um Fernando. Tendo em conta que Xira/Cira/Sira Rolim foi o fundador da terra, não sendo normal que o senhorio tenha saído da família, e que não existe nenhuma doação a D. Fruile (pois a doação de D. Sancho é apenas das herdades que ele aí possuia) ou a quem quer que seja, é de admitir que haja alguma relação familiar entre Xira/Cira/Sira Rolim e D. Fruile Ermiges, que tivesse permitido a passagem directa do senhorio. Mas não se vê nenhuma relação directa, sobretudo se D. Fruile Ermiges era Ribadouro, como de facto parece. Contudo, como já vimos, a viúva de Xira/Cira/Sira Rolim, D. Maria Paes, casou com o cavaleiro D. Fernando Ermiges.
Por morte do 1º marido, com os filhos menores, D. Maria Paes ficou certamente na posse de Azambuja e Xira, senhorios que compartilhou com seu 2º marido D. Fernardo Ermiges, com quem terá casado cerca de 1182. Sem aparentemente ter tido geração, pelo menos masculina, deste 2º casamento, D. Maria Paes terá falecido dez anos depois, cerca de 1192, ainda relativamente nova, com cerca de 40 anos. Então, já seus filhos do 1º casamento tinham atingido a maioridade, e terá sido feito um acordo de partilhas, ficando o mais velho, D. Rolim, com Azambuja, o mais novo, Martim Xira, com o morgado da Albergaria de S. Mateus, e o viúvo D. Fernando Ermiges (e eventual filha do casal) com Xira. Um seis anos depois, lá para 1198, D. Fernando Ermiges voltou a casar 2ª vez com D. Fruilhe Ermiges, sua prima, vindo a falecer entre 1204 e 1212.
Por morte de Fernando Ermiges, ocorrida antes de 1212, ficaram na posse do senhorio de Xira sua viúva D. Fruilhe e seu filho João Fernandes, que então seria menor. (Fonte: Manuel Abranches Soveral).
5.1 João Fernandes
5.2 Ermigio Fernandes, foi Cavaleiro fidalgo. O conde D. Pedro diz que foi bom cavaleiro e esteve com seu irmão na batalha de Azinhaga, perto de Santarém.
5.3 Soeiro Fernandes (de Albergaria), com quem se continua.
6. Soeiro Fernandes (de Albergaria), nasceu em 1204. Foi Cavaleiro fidalgo. O conde D. Pedro diz que foi bom cavaleiro e esteve com seu irmão na batalha de Azinhaga, perto de Santarém. Foi casado com Sancha Martins de Bulhão, 6ª Senhora do morgado da Albergaria de S. Mateus, nascida a 1246. Filha de Domingos Martins de Bulhão e de Aldonça Martins de Xira, Senhora do Morgado da Albergaria de S. Mateus.
7. Estêvão Soares de Albergaria, nasceu em 1265 e faleceu em 1339. 7º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus. Foi Cavaleiro fidalgo, o 1º do nome, Alcaide-mor de Lisboa. O conde D. Pedro diz que foi bom cavaleiro, que foi senhor da Albergaria de D. Paio Delgado. D. Dinis deu carta de administrador dos bens da Albergaria de Doninhas. Casou-se com Maria Rodrigues Quaresma, filha de Rui Vasques Quaresma Mogudo de Sendim e de Maria Peres de Vides.
7.1 Marinha Vasques, nasceu em 1295 e faleceu em 1335. Numa carta de D. Afonso IV sem data, mas de 1335/7, “Marinha vaasqiz molhr q foy de Mr Afon de mloo” vendeu e outorgou perante o dito Rei um escravo negro de nome Isaque. Casou-se em 1310 com Martim Afonso de Mello, Senhor de Juro e Herdade de Gouveia, nascido em 1255. Rico-homem, em 1277, como cavaleiro, participou no conflito entre os Tavares e os Cambra, travado em Fornos de Algodres. Tiveram como filhos Martim Afonso, Joana Martins, Estêvão Soares e Vasco Martins.
7.2 Estevão Soares de Albergaria, com quem se continua.
8. Estêvão Soares de Albergaria, nasceu em 1300 e foi Rico-homem, 8º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus e 3º Senhor do morgado do Hospital de Sto Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu). Em 9.07.1328, D. Afonso IV, doou o foro de umas casas em Lisboa que foram de João Peres, vassalo de Estêvão Soares. Existe também um documento da Sé de Braga, de 23.10.1343, relativo a Pedro Martins, criado de Estêvão Soares de Albergaria. Casou-se com Maria Lourenço de Soalhães, filha de Lourenço Martins de Soalhães e de Maria Pires de Oliveira. Tiveram os seguintes filhos: Lopo Soares de Albergaria e Diogo Soares de Albergaria.
8.1 Lopo Soares de Albergaria, com quem se continua.
8.2 Diogo Soares de Albergaria, nasceu em 1320 e faleceu entre 1382 e 1384. Senhor de juro e herdade de Santar, de juro e herdade de Senhorim, de juro e herdade de Barreiro, de juro e herdade de Óvoa e de juro e herdade do Prado, 10º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus, 5º Senhor do morgado do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu). Foi em 1.03.1376 Alcaide-mor de Arronches, das rendas desta vila, com satisfação da moradia que tinha como vassalo do rei (3.03.1372) e da comenda da mesma vila e rendas de Campo Maior (3.8.1373). Foi casado com Urraca Fernandes e tiveram uma filha, Catarina Soares de Albergaria. Diogo perdeu os senhorios por estar em Castela, ao serviço da rainha D. Beatriz, para onde foi em 1383 e onde morreu entre 1384 e inícios de 1386, sucedendo-lhe a única filha, nomeadamente nos morgado da Albergaria de S. Mateus e do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu), que perderia por estar ao serviço da rainha D. Beatriz.
9. Lopo Soares de Albergaria, 9º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus, 4º Senhor do Morgado do Hospital de St. Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu) (17.03.1387). Deixou sucessor nos morgadios seu irmão Diogo Soares de Albergaria. Fidalgo, alcaide-mor e Senhor do Castelo de Mourão por D. Fernando. Casou-se em 1336 com Mécia Rodrigues de Vasconcellos, filha de D. Paio de Meira, Senhor de juro e herdade de Entre-Homem-e-Cávado e de Leonor Rodrigues de Vasconcellos.
9.1 Leonor Rodrigues de Vasconcellos, com quem se continua.
9.2 Violante Lopes de Albergaria, nasceu em 1341 e faleceu depois de 1384. Casou em 1368 com João Esteves “o Privado”, Senhor de Azambuja e tiveram uma filha, Beatriz Esteves. Foi casada uma 2ª vez com Rui Pereira, tiveram Teresa Novais. Violante deixou casas à capela do Salvador. Com seu 2º marido Rui Pereira sucedeu a João Esteves nomeadamente nas aldeias de Francos e de Roalde e nas quintãs de Paradela e Muge, por mercês de 17 e 20.6.1373, tendo Rui Pereira já falecido a 8.9.1384 quando Violante Lopes teve confirmação daquelas doações por Dom João I
10. Leonor Rodrigues de Vasconcellos, casou-se em 1356 com Vasco Martins da Cunha, Senhor de juro e herdade de Tábua.
10.1 Martim Vasques, nasceu em 1357 e faleceu em 1417. Foi Alcaide-mor de Lisboa (11.11.1372). Foi 8º Senhor de juro e herdade de Tábua, 6º Senhor do morgado de Tábua, 2º Conde de Valencia (1398).
Casou-se com Maria Girón, Señora de El Frechoso e tiveram os filhos, Leonor, Alonso Téllez Giron, Luís, Beatriz de Acuña. Casou-se, uma 2º vez com Beatriz de Bourgogne, Condessa de Valência, tiveram os filhos, Pedro de Acuña, Ginebra de Acuña e Leonor de Acuña. Martim foi Célebre vencedor, com Gonçalo Vaz Coutinho, da batalha de Trancoso, comparado no seu tempo a Dom Galaz, cavaleiro da Távola Redonda. Ainda com Dom Fernando, teve os castelos de Lamego (11.11.1372), Pinhel e Trancoso, bem como os senhorios de Tarouca e Valdigem, Aguiar e da vila de Pinhel. Sucedeu a seu avô materno como chefe da linhagem dos Soares de Albergaria, nomeadamente como 13º morgado da Albergaria de S. Mateus e 9º morgado do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu), por sentenças de Dom João I de 20.9.1386, 14.10.1386 e 5.4.1389 contra sua prima D. Catarina Dias de Albergaria, que tinha ido para Castela. Será portanto nesta altura que estes Cunha modificaram as suas armas, esquartelando as de origem com a cruz dos Soares de Albergaria e colocando sobre o todo a bordadura de quinas dos ditos Soares de Albergaria. Mais tarde, estas armas passaram a usar-se só com os Cunha em pleno e a bordadura dos Soares de Albergaria, formando assim o brasão de armas dos chamados Cunha de Tábua. Martim Vasques da Cunha terá n. cerca de 1357 e chegou a suceder a seu pai (Dom João I, L2, 11), mas passou depois a Castela, perdendo tudo. D. Nuno Álvares Pereira chamava o Roncador a Martim Vaz, que foi simultaneamente um grande apoiante e grande opositor do mestre de Aviz. Foi ele que liderou nas Cortes de Coimbra a oposição ao Mestre, apoiando o infante Dom João, sendo finalmente convencido pelo Dr. João das Regras, que aliás viria a ser seu genro. Sendo um formidável guerreiro, prestou grandes serviços de guerra ao mestre de Aviz mas nunca se deu muito bem com ele nem com o condestável D. Nuno Álvares Pereira, que curiosamente era cunhado de seu irmão Gil Vasques da Cunha, esse sim, indefectível do mestre, de quem foi alferes-mor. Martim Vaz ainda serviu Dom João I durante cerca de 10 anos, sendo a 21.5.1384 feito senhor de juro e herdade de Lafões e muitos outros bens confiscados ao conde de Seia D. Henrique Manuel, bens estes que lhe seriam confiscados também a por ter ido para Castela. De Dom João I teve ainda a jurisdição de Mondim e Sever, os senhorios de Lafões, Besteiros, Vouzela, Penalva, Sátão, Rio de Moinhos, Gulfar, Aguiar da Beira, Queirã, Lousada, Linhares, Ázere, Lanhoso, Sinde, Arganil (depois trocada pelo couto de S. Romão), etc., bem como carta de privilégio para a sua albergaria e hospital de Stº Eutrópio e quinta de Benafaraz em Almada. Martim Vaz passou-se depois para Castela, onde foi 2º conde de Valência, por sua 2ª mulher, com quem lá casou ou já aqui havia casado, filha justamente do infante Dom João, a quem o ligava uma grande amizade.
10.2 Estevão Soares da Cunha “o Desassisado”, nasceu em 1358. Fidalgo da Casa Real. Casado com Constança Peres Escobar, morta pelo marido. Tiveram como filhos, Lopo da Cunha, Martim Soares da Cunha, Vasco da Cunha, Gil da Cunha, Mécia Vasques da CunhaDevia ter sucedido no senhorio e morgadio de Tábua quando seu irmão Martim o perdeu por ter passado para Castela. Mas depois também este Estêvão Soares foi homiziado em Castela por ter morto a mulher, Constança Peres Escobar e o seu amante, ela filha de João Pires Escobar, fronteiro da Beira. Talvez seja o Estêvão (resto do nome ilegível) a cuja mulher, dita Constança Soares, o Cabido de Viseu emprazou a 14.3.1405 uma terra em Lonarela, Pascoal, no termo de Viseu. Acabou assim por suceder no senhorio e morgadio seu irmão Vasco.
10.3 Vasco Martins da Cunha “Rabo de Asno”, com quem se continua.
10.4 Gil Vasques da Cunha, nasceu em 1361 e faleceu em 1421. 1º Senhor de juro e herdade de Cabeceiras de Basto (1.06.1402), Senhor de juro e herdade de Portocarreiro (1 de Junho de 1402). Foi Alferes-mor de Portugal (1385), alcaide-mor de Marialva (por D. Fernando). Casou com Isabel Pereira, Senhora da torre de Portocarreiro, nascida em 1376 e filha de D. Álvaro Gonçalves Camelo, Senhor da torre de Portocarreiro. Tiveram filhos, Fernão Vasques da Cunha, João Agostim Pereira, Filipa da Cunha e Maria da Cunha. Teve um 2º casamento com Leonor Gonçalves de Moura.
10.5 Mécia da Cunha, Abadessa do Mosteiro de Lorvão em 1409. A D. Mécia da Cunha que foi dama da rainha Dona Filipa com 700 libras de moradia.
10.6 Rui da Cunha, Comendador da Ordem de Santiago, que combateu em Aljubarrota. Faleceu solteiro sem geração antes de 1409, pois não é referido, ou qualquer seu filho, na partilha dos bens de seu pai.
10.7 Lopo Vasques da Cunha, nasceu em 1364 e faleceu em 1449. Senhor da Maia, serviu de alferes-mor do reino na batalha de Aljubarrota por seu irmão Gil. Passou a Castela em 1397 com seu irmão Martim, onde foi senhor das vilas de Buendia a Azanhon (5.11.1397).
11. Vasco Martins da Cunha “Rabo de Asno”, nasceu em 1360. 9º Senhor de juro e herdade de Tábua, 7º Senhor do morgado de Tábua, 1º Senhor de juro e herdade de Penalva (28.03.1434)
Fidalgo, alcaide-mor de Lanhoso. Foi ainda senhor de juro e herdade de S. Gião e de Ázere e Sinde (28.3.1434). D. Fernando confirmou-lhe Penalva e Sinde. Casou-se com Beatriz Gomes da Silva, filha de Fernão Gomes da Silva, senhor de juro e herdade das Terras do Bouro e de Maria Coelho. Tiveram os filhos, Maria Anes Coelho, Martim Vasques da Cunha, Rui da Cunha, Aires da Cunha, Afonso da Cunha e João da Cunha. De uma relação desconhecida teve a Leonor da Cunha e de outra teve a Catarina da Cunha.
11.1 Maria Anes Coelho, Abadessa do mosteiro de Lorvão (já o era em 1436)
11.2 Martim Vasques da Cunha, nasceu em 1390, 10º Senhor de juro e herdade de Tábua, 8º Senhor do morgado de Tábua. Casou com Mécia de Andrade e tiveram filhos, Álvaro da Cunha e Vasco Martins da Cunha.
11.3 Rui da Cunha, Embaixador em Roma (1444) e prior do mosteiro e colegiada de Stª Mª de Guimarães, cargo que já tinha em 1436 e mantinha a 20.1.1439 quando obteve de Dom Afonso V carta de privilégio de fidalgo.
11.4 Aires da Cunha, Escudeiro do Infante D. Fernando em 1436, faleceu solteiro sem descendência.
11.5 Afonso da Cunha, A 4.5.1436 sucedeu em todas as quintãs, casais e herdades que seus pais tinham em Entre-Douro-e-Minho, por confirmação real da doação que seus pais (Vasco Martins da Cunha e Beatriz Gomes da Silva) e irmãos (Rui da Cunha, Aires da Cunha, D. Maria da Cunha e Martim Vasques da Cunha) lhe fizeram por instrumentos públicos feitos em Guimarães, Lanhoso, Coimbra, Estremoz e Tábua, respectivamente a 20.1, 19.1, 9.2, 3.3 e 10.4 de 1436. Este último instrumento foi feito em Tábua por Afonso André, «notairo de Vasco marjnz da cunha», o qual Vasco Martins reserva para si, do que tem no Entre-Douro-e-Minho, o casal de Vila Chã, no termo de Penela. Alão diz que Afonso da Cunha foi escudeiro do Infante Santo, que esteve em Ceuta e ficou cativo em Fez, onde fal. solt. s.g.
11.6 João da Cunha, Frade da Ordem do Carmo, segundo Alão. Se existiu e era legítimo, já tinha falecido em 1436, pois não é referido na doação a Afonso da Cunha
11.7 Leonor da Cunha, nasceu em 1400 e filha de um 1º relacionamento desconhecido. Casou com Fernão Gomes de Lemos, Senhor de Góis e tiveram uma filha, Beatriz de Góis. Existem registo que indicam que o pai diz em 1431 que ela “pasa de hidade de trinta annos”, que levou por dote os senhorios de Penalva e S. Gião, para o que seu pai obteve licença de Dom Duarte de 26.12.1434. Muito embora nesta mercê não se refira que era filha natural, não podia deixar de sê-lo, uma vez que não consta na doação a Afonso da Cunha, onde constam todos os seus irmãos legítimos. O próprio rei, como ficou referido acima, diz nesta carta que Vasco Martins da Cunha se tinha separado da mulher e por seu mandado tornara a viver com ela. Esta Leonor deve ser filha natural, havida nesse interim. Como indício, convém referir que enquanto em 1436 sua irmã vem como D. Maria, ela nesta mercê vem sem o Dona. Casou em 1431, com dote real de 2.500 coroas de ouro de 16.4.1430.
11.8 Catarina da Cunha, com quem se continua.
12. Catarina da Cunha, nasceu em 1415 e filha de um 2º relacionamento desconhecido, faleceu em 1505. Casou com Vasco Martins de Portocarrero, Senhor do Paço de Pombal, filho de Vasco Martins de Portocarrero, Senhor do Paço de Pombal e de Catarina da Cunha.
13. Nuno Martins de Portocarrero, nasceu em 1430 e faleceu em 1504. Cavaleiro e Senhor da Torre de Portocarreiro (3.10.1464). De uma primeira relação desconhecida tiveram um filho, Francisco de Portocarreiro. Posteriormente casou com Maria da Cunha, Senhora de Juro e herdade de Portocarreiro e tiveram uma filha, Guiomar de Portocarreiro. A 3.10.1464 D. Afonso V confirmou-lhe o privilégio, mantendo-lhe a honra das suas quintãs de Louredo e da Torre (CAV, 8, 20v e 21). Teve estas quintãs e honras por sua mulher e prima.
13.1 Francisco de Portocarreiro, com quem se continua.
13.2 Guiomar de Portocarreiro, nasceu em 1456 em Portocarreiro e faleceu em 1525. 11º Senhora da Torre de Portocarreiro, 10ª Senhora do Paço de Pombal (11.08.1505), 1ª Senhora da Quinta do Paço de Valpêdre. Teve um relacionamento com D. João de Ozorio, Comendatário de Paço de Sousa e filho de Lopo Fernandes de Ozorio e Isabel Cardim. Tiveram os seguintes filhos: Gonçalo, Helena de Portocarrero, D. Justo, Nicolau, Maria da Cunha, Isabel Cardim, Filipa, Francisco da Cunha, D. Manuel da Cunha, Jerónimo, Pedro da Cunha Ozorio.
14. Francisco de Portocarrero, nasceu em 1451 e faleceu em 1497. Casou com Filipa de Paiva, nascida em 1478 e faleceu antes de 23.06.1497. Filha de Gil Anes (de Magalhães) e Isabel de Paiva.
Francisco de Portocarrero, foi fidalgo da Casa Real e anadel-mor dos besteiros. A 17.9.1476, foi referido como Fidalgo da Casa do Príncipe, D. Afonso V coutou-lhe a seu pedido um paúl do príncipe no termo da vila de Lagos, que se chamava Reguengo. E por carta do dia seguinte, onde já é referido como anadel-mor dos besteiros da câmara do príncipe, o Rei deu-lhe carta de privilégio de fidalgo para todos os lavradores do seu paúl do termo da vila de Lagos. Ainda vivia a 20.12.1486, quando teve de D. João II carta de privilégio para os besteiros do julgado de Portocarreiro. D. João II aforou-lhe várias terras no seu paul de Lagos em 1481, 82 e 86.
Em 1489 documenta-se como cavaleiro da Casa de D. Manuel I e seu anadel-mor dos besteiros da câmara. A 2.11.1497 este rei confirmou a Martim Landeiro, escudeiro, e sua mulher, moradores em Lagos, um aforamento em fatiota feito a Francisco Portocarreiro, fidalgo da sua Casa e anadel-mor dos besteiros da câmara, e Filipa de Paiva, sua mulher. Apresenta incluso contrato de aforamento de um pedaço de terra que confronta com terra do rei, de João Vasques, alfaiate, e com o campo da viúva de Pero de Lisboa, entre outros locais. Mas a 18.1.1497 o mesmo rei nomeou Rui Gil Magro, cavaleiro da sua Casa, no ofício de capitão e anadel-mor de todos os besteiros da câmara de todos os reinos e senhorios, em substituição de Francisco de Portocarreiro, que o dito ofício tinha e faleceu.
A 1.8.1511, já falecido, Francisco Portocarreiro documenta-se como sogro de Cristóvão Jaques
15. Isabel de Paiva, nasceu em 1490 e faleceu depois de 9.09.1575. Senhora do Paul de Lagos. Casou com Cristóvão Jaques, Cavaleiro da Casa Real, Senhor do Paul de Bordeira e Bordalete, Capitão de umas primeiras armadas que D. João III mandou para descobrir o Brasil. Filho de Pedro Jaques, Senhor do paul de Bordeira e Bordalete e de Beatriz Afonso.
D. Isabel de Paiva (assim referida) teve aforamento em três vilas do Paúl de Lagos, e ainda vivia 9.9.1575, dada em que lhe foi confirmado por D. Sebastião (CSI, 36, 211).
Bartolomeu de Paiva, cavaleiro fidalgo da Casa Real, morador em Lisboa, apresentou a 25.7.1497 em Lagos uma procuração de Gil Eanes, seu pai, de 23.6.1497, que era administrador e curador da sua neta Isabel (CMI, 14, 98v e 99).
Mas em 17.2.1502 Bartolomeu de Paiva já é administrador dos bens da sobrinha Isabel de Paiva (CMI, 6, 21 e 21v).
A 3.9.1504 D. Manuel I confirmou a João Vaz e a sua mulher Ana Vaz o aforamento de um juncal situado no Paúl de Lagos, por foro anual de 120 reais, com as confrontações e condições declaradas que neles trespassaram Pero Esteves e sua mulher Catarina Lopes, moradores nessa vila, por 3.000 reais brancos, como se sabe pela carta de trespasse feita em Lagos, na Alfândega do rei, a 27 de Julho de 1504, por Francisco de Souz, escrivão do almoxarifado, na presença das testemunhas João Gil, criado de Cristovão Jaques, também presente, cavaleiro do rei e senhor do reguengo do Paúl, termo de Lagos, de Garfim Delgado e Gil Canóis da Costa, cavaleiro da Casa d'el rei e morador em Lagos, e de Diogo Godinho, cavaleiro e almoxarife dessa vila. O instrumento de aforamento a Pero Esteves foi feito a 24 de Julho de 1497, em casa de Pero Vaz, por Francisco de Souz, na presença das testemunhas Pero Vaz da Ruiva e Tomás Fernandes, moradores nessa vila, e de Bartolameu de Paiva, cavaleiro do rei, morador em Lisboa, procurador de seu pai, Gil Eanes, cavaleiro da Casa d'el rei, curador de sua neta Isabel de Paiva, filha de Filipe de Paiva e de Francisco Portocarreiro, falecido, para que pudesse aforar o paul de sua neta; o juncal andou em pregão por Simão Gonçalves, porteiro do concelho dessa vila. A procuração foi feita em Lisboa a 23 de Julho de 1497, por Fernão Vaz, aí tabelião, na presença das testemunhas Fernão Rodrigues, Brás Afonso e João Vaz, tabeliães.
16. Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1507. Foi Capitão de um dos 3 navios com que D. João III mandou correr os lugares de África (Alão de Moraes). Casou com Inês Rebelo, filha de Diogo Rebelo e de Vicência Jaques Botelho e que não houve descendência. Teve um relacionamento desconhecido do qual teve uma filha, Joana de Paiva.
Manuel Jaques de Paiva, a 26.10.1558 recebeu a capitania de duas naus da carreira da Índia (Luciano Ribeiro, Registo da Casa da Índia, n.550).
A 1.9.1557 dirige uma carta à rainha expondo-lhe que na viagem que fez a Cabo Verde tomara duas naus, uma francesa com muitos portugueses e outra de índios de Castela com vários géneros, do que dava parte a Sua Alteza em quanto corregedor devassava de semelhantes roubos (TT – CC, p.1 m.101).
A 6.9.1557 é referido numa carta em que Afonso Anes, corregedor de Lagos, dá parte ao Rei que ele, o capitão Manuel Jaques de Paiva, havia tomado um patacho francês e uma nau espanhola e que metendo-as na barra de Vila Nova devassara o requerimento do dito capitão, e que sobre isto o achara provados os delitos de que os acusavam (TT – CC, p.1 m.101).
17. Joana de Paiva, nasceu em 1555. Casou com António de Cintra de Sousa, filho de Vicente de Sousa.
18. Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1575. Foi Alcaide-mor e Capitão-mor de Albufeira. Casou em 20.04.1609 com Paula Neto, filha de Diogo Neto e de Catarina Neto.
19. Maria de Paiva e Sousa, nasceu em 1610 em Lagos. Casou em 1629 em Lagos com João Mendes da Silva, nascido em 1610 em Alvôr, filho de Álvaro de Oliveira Jaques e Beatriz da Palma Velho.
20. Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1635 em Alvôr. Capitão e Alferes à data do seu casamento. Apadrinhou em 1672 e em 1676 em Odiáxere, sendo morador nessas datas em Lagos. Casou a primeira vez em 1660 em Alvôr com Eufrásia Carvalhal de Oliveira, nascida em 1640 em Santa Maria, Odemira, que amadrinha em 1680 nesta Vila, junto com Vicente Velho, de Aljezur neta Isabel, filha de André Rodrigues Mexilhão e de Mónica da Palma. Filha de Jerónimo do Carvalhal Fogaça, baptizado a 15.08.1600 em Odemira e falecido em 1676, sepultado no Convento de Odemira, fidalgo de cota de armas 9.09.1651 (Capitão-mor de Odemira, “gente munto noblissima da prinsipal desta villa”, “das principais famílias” e morador em Alvôr) e de Anastácia Coelho de Mello (nascida entre 1618 e 1620, casou-se em 27.09.1638 em Odemira, filha de João Coelho de Mello, Fidalgo de Cota de Armas, 6.08.1625 e Capitão-mor de Odemira e de Verónica Pinto Lobato). Manuel Jaques de Paiva casou uma 2ª vez em 15.11.1660 em Portimão com Isabel Varela, filha do Sargento-mor de Alvôr Vicente Dias Varela, nascido em 1600 em Alvôr (filho de Gaspar Varela e de Maria Fernandes) e de Catarina de Sousa de Andrade, nascida em 1615 em Portimão (filha de João Pacheco de Sousa e de Isabel de Arrochela).
21. Álvaro de Oliveira Jaques, nasceu em 1703 em Alvôr, declarando em 1730, no seu processo de habilitação para bacharel (IAN/TT – Leitura de Bacharéis let.A m.16 n.4) ter 27 anos de idade pouco mais ou menos. Foi escrivão dos órfãos, inquiridor, distribuidor e contador de Vila Nova de Portimão por carta datada de 1730 (IAN/TT - chancelaria D. João V, L.78 fl.263), alferes da companhia de Manuel Pais de Sousa (juiz e capitão de ordenanças de Alvôr) e serviu como vereador. Casou a 13.12.1719 em Portimão com D. Mariana Gertrudes Valente de Castelo Branco, filha de Diogo Mendes de Miranda, que tinha parte de cristão-novo, e de D. Brites Valente de Castelo Branco (descendente do 1º Conde de Portimão, D. Martinho Vaz de Castelo Branco e de Brites Valente) naturais de Portimão e Lagos, respectivamente, e moradores em Portimão.
21.1 Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1720 em Portimão. Foi Vereador em Portimão e casou a 12.8.1745 nas Caldas de Monchique com D. Rosa Angélica de Almeida, de Silves, filha de Vicente Dias Malveiro e de Maria Coelho de Almeida
21.2 D. Catarina Gertrudes Valente Castelo Branco, nasceu 11.04.1726. Casou a 11.9.1743 em Portimão com Francisco Nunes Bustorff, de Portimão, filho de Diogo Fernandes Crespo e de Maria Arcângela Bustorff.
21.3 João da Silva Jaques de Paiva, Casou a 29.5.1760 em Portimão com D. Mariana Josefa Mascarenhas de Sampaio de Bettencourt, de Portimão, filha do capitão Francisco de Sampaio Pacheco Mascarenhas e de D. Isabel Mascarenhas de Andrade e Bettencourt.
21.4 Diogo Mendes de Miranda, com quem se continua.
22. Diogo Mendes de Miranda, nasceu em 1730 em Portimão. Casou três vezes: a 1ª com Inês Perpétua Bocarro, nascida em Alvôr e falecida 23.10.1763 em Alvôr, filha do sargento-mor Pedro Varela de Moura e de D. Maria Bocarro; casou 2ª vez a 10.02.1777 em Portimão com D. Maria Cândida Avelar, filha de Isidoro Avelar, natural de S. Vicente, bispado de Catalunha, capitão, e de D. Antónia Margarida de Castro, natural de Portimão, não tiveram descendência. Casou uma 3ª vez com Joana Xavier em Portimão, não tiveram descendência.
22.1 Álvaro de Oliveira Jaques, nasceu a 9.11.1751 em Alvôr. Em 1790 tentou a sua emancipação alegando que a gestão que o pai fazia dos bens que lhe cabiam na herança da mãe era ruinosa. Apesar do reconhecimento da má gestão por parte do pai, essa emancipação foi recusada (IAN/TT – Desembargo do Paço, Algarve, m.490 n.37). Casou com a 1ª vez a 26.2.1797 em Portimão com Ana Bernarda, filha de António de Azevedo Ferreira, alferes, e de Isabel Paula; neta paterna de Martinho dos Santos Botelho, alferes, nascido em Cascais e de Isabel dos Anjos, nascida em Portimão; e neta materna de José Neto e de Constança Martins. Casou com 2ª vez com Teresa Raimunda, filha de Simão Barroso e de Mariana Jacinta; e neta materna de Manuel Pires Barriga, alferes e de Antónia Teresa.
22.2 Manuel, nasceu em 26.08.1753 e baptizado em 2.09.1753 em Alvôr, sendo padrinho Álvaro de Oliveira Jaques.
22.3 Pedro, nasceu em 27.09.1756 e foi baptizado a 4.10.1756 em Alvôr, sendo seu padrinho o Padre António Rodrigues Varela.
22.4 Francisco Jaques de Paiva, com quem se continua.
23. Francisco Jaques de Paiva, nasceu em 7.01.1760 e foi baptizado em 14.01.1760 em Alvôr, foi padrinho Francisco de Sousa Prado do Nascimento, de Portimão. Casou a 27.1.1789 em Alvor com Beatriz Perpétua, filha de Miguel Rodrigues Bota e de Perpétua Maria dos Ramos.
23.1 Inês Perpétua, com quem se continua.
23.2 José Francisco Jaques, nasceu em 30.01.1794 em Alvôr e casou com Maria do Rosário em 31.07.1828 em Alvôr. Nasceu em 1805 em Alvôr, filha de João Jaques de Amorim e de Mariana Teresa.
23.3 Gertrudes, nasceu em 11.06.1798 em Alvôr.
23.4 Escolástica Rosa, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou uma 1ª vez em 28.10.1827 em Alvôr, com José de Sousa Guerreiro, filho do Alferes José de Sousa Guerreiro e de Mariana Francisca Joaquina. Casou uma 2ª vez com Francisco Inácio em 28.10.1827 em Portimão.
23.5 Teresa de Jesus, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou com Custódio Joaquim em18.05.1824 em Alvôr.
23.6 Maria Perpétua, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou uma 1ª vez com Anastácio José em 23.01.1822 e uma 2ª vez com José Rodrigues em 25.04.1843 em Alvôr.
23.7 Liberata de Jesus, nasceu a 20.12.1800 em Alvôr. Casou uma 1ª vez com António da Cruz em 5.02.1833, Alvor. Uma 2ª vez com José Francisco Rocha em 2.05.1848 em Alvor e uma 3ª vez com José Figueiras em 2.03.1835 em Alvôr.
24. Inês Perpétua, nasceu em 5.02.1790 em Alvôr. Foram padrinhos o Alferes Vicente Dias e D. Maria Cândida, de Lagos. Casou em 26.01.1813 em Alvôr, com António Marreiro, nascido em 1790 em Lagos. Filho de Joaquim Rodrigues de Sousa de Vila do Bispo, Sagres e de Maria Gonçalves da Vila do Bispo (neta paterna do Capitão Domingos Marreiros de Barbudo e trisneta do Capitão Filipe de Sintra de Barbudo, da Vila do Bispo).
24.1 José Cipriano, com quem se continua.
24.2 Isabel da Conceição, nasceu em 1815 em Alvor. Casou em 5.05.1835 em França, com Miguel dos Santos, nascido em 1815 em Alvor e filho de Bernardo dos Santos e de Úrsula Maria Varela.
24.3 Ana do Carmo, nasceu em 1815 em Alvor e casou em 25.01.1836 em Alvor com António Rodrigues, filho de Inácio Rodrigues e de Jacinta de Jesus.
24.4 Maria do Rosário, nasceu em 1815 em Alvor. Casou em Alvor em 13.11.1844 com Francisco de Sousa Prazeres, nascido em 1815 em Lagoa e filho de José de Sousa Prazeres e de Maria Rosa.
24.5 Manuel, nasceu em 5.06.1826 em Alvor.
24.6 António Marreiros, nasceu em 30.03.1830 em Alvor. Casou em 17.11.1857 em Alvor com Teresa de Jesus, nascida em 15.12.1840 em Alvor, filha de Joaquim Duarte e de Joaquina Rosa.
24.7 Inês, nasceu em 8.12.1833 em Alvor.
24.8 Francisco, nasceu em 12.11.1836 em Alvor.
25. José Cipriano, nasceu em 1815 em Alvor. Casou-se em 5.05.1835 em Alvor com Maria Escolástica, nascida em 1815 em Alvor, filha de Joaquim Simões e Escolástica Rita
26. Escolástica Rita, nasceu a 10.10.1845 e foi baptizada a 10.11.1845 em Alvor. Foram padrinhos Salvador José e Maria Rosa. Casou-se em 29.07.1873 em Alvor com Francisco Xavier “o Tutis”, nascido em 1824 em Alvor. Filho de António Xavier, nascido em 1793 em Portimão e de Mariana de Jesus, nascida em 1796 em Alvor e casaram-se em 6.02.1821 em Alvor.
27. Maria da Conceição, nasceu a 3.11.1875 e foi baptizada a 21.11.1875 em Alvor. Foram padrinhos José Fernandes Dias e Maria da Conceição. Casou-se em 20.06.1893 em Alvor com Manuel António Jorge, nascido a 1.06.1872 e baptizado a 16.06.1872 em Alvor, foram padrinhos Manuel Jesus e António Moreira. Filho de António Jorge, nascido a 22.07.1837 em Alvor (filho de José Jorge Canelas, nascido em 1795 em Alvor e de Francisca Rosa, nascida em 1810 em Alvor) e de Maria do Rosário nascida em 12.10.1833 em Alvor, filha de Pedro António Pacheco, nascido em 1800 em Portimão e de Ângela Teresa, nascida em 24.05.1797 em Alvor (filha de Manuel da Costa, nascido em 1720 em Lagos e de Teodora Guerreira, nascida em 1730 em Alvor).
27.1 António Jorge, nasceu em 5.04.1894 em Alvor.
27.2 Francisco Jorge, nasceu em 5.08.1896 em Alvor. Casou-se em 18.02.1922 em Alvor com Júlia de Jesus, nascida em 1895 em Alvor.
27.3 Joaquim Jorge, nasceu a 3.06.1898 em Alvôr. Casou-se em 20.01.1925 em Alvôr com Brites Santana, nascida em 1905 em Alvôr e filha de Carlos de Sant’Ana, nascido em 9.01.1842 em Alvôr e Florinda Brites, nascida em 1845 em Alvôr.
27.4 Águeda Jorge, nasceu em 1900 em Alvôr. Casou-se com Luís Cristino, nascido em 1900 em Alvôr, filho de José Cristino, nascido em 20.08.1874 em Alvôr e de Maria João, nascida em 22.07.1873 em Alvôr, casaram-se em 23.11.11897 em Alvôr.
27.5 Pedro Jorge, nasceu em 1905 em Alvôr.
27.6 Frederico Jorge, com quem se continua.
28. Frederico Jorge, nasceu em 10.06.1910 e foi baptizado em 3.07.1910 em Alvôr. Casou-se a 29.03.1937 em Alvôr com Isabel dos Santos, nascida em 12.08.1915 em Alvôr. Filha de José Cristino, nascido em 20.08.1874 em Alvôr e de Maria João, nascida em 22.07.1873 em Alvôr. Casaram-se em 23.11.1897 em Alvôr.
28.1 Maria Adelaide dos Santos Jorge, nasceu a 27.05.1939 em Alvôr.
28.2 António José dos Santos Jorge, nasceu a 3.05.1941 em Alvôr.
28.3 Maria dos Santos Jorge, nasceu a 2.10.1949 em Alvôr.
(Até aos nossos dias 365 anos de história)
1. Capitão Sebastião Guerreiro Raposo, nasceu em 1655 em Sesteiros, Ourique. Foi casado com Margarida Vaz (ou Maria Gago Raposo) nascida em 1655 em Sesteiros, Ourique. Tiveram um filho de nome Isidoro Guerreiro Raposo.
2. Capitão Isidoro Guerreiro Raposo, nasceu em Ourique em 11.04.1683 e já tinha morrido em 1736 quando do casamento de sua filha Branca Rosa. Viveu em Monchique onde serviu com escravos, tendo um seu escravo André casado nessa Vila em 1731 . Casou-se a 15.10.1708 em Monchique com Maria Varela dos Santos, nasceu em Monchique em 1690, filha do Capitão Manuel Dias Varela, nascido em 1670 em Monchique (familiar do Santo Oficio por carta de 15.10.1701) e Antónia Francisca, nascida em cerca de 1670 em Monchique, casados em 21.08.1690 em Monchique. Neta paterna de António Estevens, nascido em Monchique e morador em Senhora do Verde, e mulher Ana Varela, nascida em Alvôr; neta materna de Mateus Ferreira, nascido em Santa Cruz de Jovem, termo de Gondomar, e mulher Margarida Álvares, nascida em São Martinho das Amoreiras.
2.1 Branca Rosa de Gusmão, nasceu em 1716 em Monchique e casou em 10.01.1736 em Monchique com Lucas António de Távora que nasceu em 1715 em Panoias, Ourique. Foi tabelião em Panóias. Filho de António Soares de Távora nascido em cerca de 1680 em Tabuaço, Lamego e Teresa Luís Duarte, nascida em 1680 em Monchique e casados em 8.01.1711 em Monchique. Com descendência.
2.2 Ninfa, nasceu em 30.07.1717 em Monchique e foi padrinho o Padre Francisco Soares Lopes, Coadjutor.
2.3 Antónia, nasceu em 8.08.1720 em Monchique.
2.4 Francisco Guerreiro Raposo e Brito, com quem se continua.
2.5 Rosa, nasceu em 6.06.1724 em Monchique.
3. Francisco Guerreiro Raposo e Brito (ou Francisco Guerreiro Raposo Varela), nasceu em Monchique 4.04.1722, foi morador em Alvôr onde foi Juiz dos Orfãos dessa Vila. Casou-se em cerca de 1752 com Mariana Angélica das Neves e Sousa, nascida em 16.10.1730 e baptizada em 22.10.1730 em Alvôr, teve como padrinhos o Licenciado Padre Pedro de Ataíde, da Sé de Silves. Filha do Alferes José de Sousa Varela, nascido em 1710 em Alvôr e de Josefa das Neves e Freitas (sua 2ª mulher), nascida em 1700 em Alvôr e casados em 11.06.1724 em Pêra, Silves.
3.1 Alferes José de Sousa Guerreiro, com quem se continua.
3.2 Escolástica Maria Bernarda, nasceu em 15.12.1754 e foi baptizada a 28.12.1754 em Alvôr. Foram Padrinhos Feliciano António e sua mulher D. Escolástica. Casou-se a 8.06.1779 em Alvôr, com o Capitão Rosendo José Fogaça, nascido em 1760 na Mexilhoeira Grande, filho de Simão Barroso, nascido em 1720 em Alvôr e Maria Fogaça, nascida em 1720 em Alvôr; neto paterno de António Dias Barroso e Mulher Maria Boto; neto materno de Manuel Gomes Fogaça, nascido em Setúbal, e mulher Juliana Queirós (ou Maria de Querós). Rosendo José Fogaça era já viúvo de um primeiro casamento a 11.06.1776 na Mexilhoeira Grande com Isabel Duarte Marreiros, filha de João Marreiros, de Lagos e mulher Branca da Conceição, da Mexilhoeira Grande. Com descendência.
3.2.1 D. Maria Escolástica Varela de Moreira Fogaça, nasceu em 1800 na Mexilhoeira Grande, casou-se com José Júdice Biker Franco, nasceu em 1800 em Alvôr. Filho do Capitão Manuel Duarte Franco, nasceu em 6.01.1785 nos Montes de Alvôr e de D. Ana Gerarda Júdice Biker, nasceu em 12.01.1788 em Portimão, casaram em 27.11.1806 em Portimão.
3.3 Isidoro, nasceu em 4.11.1756 e foi baptizado em 15.11.1756 em Alvôr, foram padrinhos o Padre José Guerreiro Raposo e Rita Josefa.
3.4 Felícia, nasceu em 20.11.1758 e foi baptizada em 27.11.1758 em Alvôr, foi padrinho João Lopes Quaresma.
3.5 Alferes Remualdo José Guerreiro, nasceu a 7.02.1761 e foi baptizado a 15.02.1761 em Alvôr, tendo sido padrinho o Padre Dionísio Francisco Vidal. Casou-se a 4.10.1791 em Alvôr com Isabel Inácia, nascida a 13.03.1763 e baptizada a 20.03.1763 em Alvôr, tendo sido padrinhos Francisco Xavier de Morais, Capitão da Ordenança e Isabel Seromenha. Filha de Luís Dias, nascido em 4.07.1727 e baptizado a 12.07.1727 em Alvôr, foi navegante, e de Mariana Joasefa nascida em 1727 em Alvôr. Com descendência.
3.6 Teresa, nasceu em 17.06.1762 e foi baptizada em 24.06.1762 em Alvôr. Foram padrinhos o Padre António Guerreiro e Josefa das Neves. Faleceu em 14.11.1765 em Alvôr.
3.7 Filipa Rosa Guerreiro Varela, nasceu em 1.05.1765 e foi baptizada em 8.05.1765 em Alvôr. Foram padrinhos o Capitão António de Ataíde, de Silves e D. Guiomar Varela, filha do Sargento-Mor Manuel Bocarro Varela. Casou-se em 5.08.1794 em Alvôr com José de Oliveira Fogaça, nascido em 1765 em Mexilhoeira Grande e filho do Capitão Miguel Crato Monteiro, nascido em 1740 em Odeceixe, Aljezur e de Juliana Fogaça, nascida em 1740 em Mexilhoeira Grande; neto paterno de Pedro Monteiro, de Odeceixe, e mulher Maria Pacheco; neto materno de Simão Barroso, da Mexilhoeira Grande e de Maria Fogaça.
3.8 Maria Angélica Varela, nasceu em 6.01.1768 e foi baptizada em 14.01.1768, foi padrinho o Padre Dionísio Francisco Vidal.
4. Tenente José de Sousa Guerreiro, nasceu em 8.07.1753 e foi baptizado em 15.07.1753 em Alvôr, foi padrinho João da Costa Macedo, clérigo in minuribus. Casou-se com Mariana Francisca Joaquina (ou Mariana Francisca de Azevedo), nascida em 1755 em Alcácer do Sal, filha de João de Azevedo, nascido em 1724 em Alvôr e de Catarina Josefa, nascida em Setúbal em 1725.
4.1 Escolástica Rita, com quem se continua.
4.2 António José de Azevedo, nasceu em 18.05.1782 e foi baptizado em 26.05.1782 em Alvôr. Foram padrinhos António Sequeira Preto, de Silves e Rita Maria, viúva do Capitão Pedro de Ataíde, de Silves. Casou-se a 25.11.1817 em Alvôr com Maria do Patrocínio, nascida em 1795 em Alvôr e filha do Alferes Romualdo José Guerreiro (3.5) e de Isabel Inácia.
4.3 Alexandre, nasceu em 26.02.1785 e foi baptizado em 6.03.1785 em Alvôr, foi padrinho o Padre João da Costa de Macedo.
4.4 Fernando, nasceu a 23.12.1786 e foi baptizado em 10.12.1786 em Alvôr, foram padrinhos Romualdo Guerreiro e sua irmã Filipa Rosa, filhos de Francisco Guerreiro.
4.5 Francisco, nasceu a 29.03.1788 e foi baptizado em 6.04.1788 em Alvôr. Foi padrinho o Sargento-Mor Manuel José Freire.
4.6 Mécia, nasceu em 8.03.1791 em Alvôr.
4.7 Maria Rosa, nasceu em 3.05.1794 em Alvôr. Casou-se a 27.08.1823 em Alvôr com Salvador José, nasceu a 5.02.1796 em Alvôr e foi Soldado do Regimento nº 2. Filho de José Fernandes, nascido em 1764 em Alvôr e Maria Catarina, nascida em 1773 em Alvôr.
4.8 Teresa Guerreira, nasceu a 5.10.1796 em Alvôr. Casou-se com José Dias da Costa, nascido a 26.01.1797 em Alvôr e filho do Tenente Manuel Dias da Costa, nascido a 24.01.1759 em Portimão e de Gertrudes Joaquina, nascida a 25.01.1767 em Alvôr e casados em 30.06.1789 em Alvôr.
4.9 José de Sousa Guerreiro, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou-se em 11.01.1824 em Alvôr com Escolástica Rosa, nascida em 1800 em Alvôr. Filha de Francisco Jaques de Paiva, nascido em 1760 em Alvôr e Beatriz Perpétua, nascida em 1765 em Portimão e casados em 27.01.1789 em Portimão.
4.10 Mécia Guerreira, nasceu a 5.03.1805 em Alvôr. Casou-se a 4.08.1824 em Alvôr com José Dias Marcelino, nascido a 9.03.1774 em Alvôr e filho de Marcelino Dias, nascido em 1738 em Alvôr e de Ana de São José, nascida em 1739 em Alvôr. Casou-se uma 2º vez com Elisiário Sebastião em 2.02.1852 em Alvôr. Filho de José Duarte, nascido em 1780 na Mexilhoeira Grande e de Sebastiana Maria Duarte, nascida em 1780 na Mexilhoeira Grande.
5. Escolástica Rita, nasceu em 27.05.1779 e foi baptizada em 3.06.1779 em Alvôr. Foram padrinhos Rosendo José Fogaça e Rita Maria. Casou-se em 6.07.1813 em Alvôr com Joaquim Simões, nascido 28.01.1772 e baptizado a 4.02.1772 em Alvôr. Foram padrinhos Francisco Xavier e Maria Joaquina. Filho de João Simões nascido em 3.01.1774 e baptizado em 9.01.1774 em Alvôr, tendo sido padrinho o Capitão–Mor António Pimentel do Vabo, Navegante e de Josefa da Conceição nascida em 13.04.1745 e baptizada em 13.04.1745 em Alvôr, filha de Manuel Álvares Barbudo, nascido em Alvôr em 1710 e de Josefa da Encarnação, nascida em 1720 em Alvôr. Casaram em 5.11.1767 na Mexilhoeira Grande.
6. Maria Escolástica, nasceu em 1815 em Alvôr e casou-se em 5.05.1835 em Alvôr com José Cipriano, nascido em 1815 em Alvôr, filho de António Marreiro, nascido em 1790 em Lagos e de Inês Perpétua (filha de Francisco Jaques de Paiva e de Beatriz Perpétua), nascida em Alvôr em 5.02.1790, casaram-se em 26.01.1813 em Alvôr.
6.1 Maria, nasceu em 31.10.1837 em Alvôr.
6.2 Isabel, nasceu em 16.02.1841 em Alvôr
6.3 Isabel da Conceição, nasceu em 5.01.1843 em Alvôr. Casou-se a 9.07.1867 em Alvôr com José Moreira Calhota, nascido em 1839 em Portimão e morador em Alvôr. Filho de José Moreira nascido em 1788 em Alvôr e de Maria Rosa, nascida em 1797 em Alvôr.
6.4 Escolástica Rita, com quem se continua.
6.5 Inês Perpétua, nasceu em 1850 em Alvôr. Teve um filho chamado João de Pedro José, nascido em 1855 em Albufeira, filho de Joaquim da Silva, nascido em 1830 em Albufeira e de Catarina Maria, nascida em 1830 em Albufeira.
7. Escolástica Rita, nasceu a 10.10.1845 e foi baptizada a 10.11.1845 em Alvôr. Foram padrinhos Salvador José e Maria Rosa. Casou-se em 29.07.1873 em Alvôr com Francisco Xavier “o Tutis”, nascido em 1824 em Alvôr. Filho de António Xavier, nascido em 1793 em Portimão e de Mariana de Jesus, nascida em 1796 em Alvôr e casaram-se em 6.02.1821 em Alvôr.
8. Maria da Conceição, nasceu a 3.11.1875 e foi baptizada a 21.11.1875 em Alvôr. Foram padrinhos José Fernandes Dias e Maria da Conceição. Casou-se em 20.06.1893 em Alvôr com Manuel António Jorge, nascido a 1.06.1872 e baptizado a 16.06.1872 em Alvôr, foram padrinhos Manuel Jesus e António Moreira. Filho de António Jorge, nascido a 22.07.1837 em Alvôr (filho de José Jorge Canelas, nascido em 1795 em Alvôr e de Francisca Rosa, nascida em 1810 em Alvôr) e de Maria do Rosário nascida em 12.10.1833 em Alvôr, filha de Pedro António Pacheco, nascido em 1800 em Portimão e de Ângela Teresa, nascida em 24.05.1797 em Alvôr (filha de Manuel da Costa, nascido em 1720 em Lagos e de Teodora Guerreira, nascida em 1730 em Alvôr).
8.1 António Jorge, nasceu em 5.04.1894 em Alvôr.
8.2 Francisco Jorge, nasceu em 5.08.1896 em Alvôr. Casou-se em 18.02.1922 em Alvôr com Júlia de Jesus, nascida em 1895 em Alvôr.
8.3 Joaquim Jorge, nasceu a 3.06.1898 em Alvôr. Casou-se em 20.01.1925 em Alvôr com Brites Santana, nascida em 1905 em Alvôr e filha de Carlos de Sant’Ana, nascido em 9.01.1842 em Alvôr e Florinda Brites, nascida em 1845 em Alvôr.
8.4 Águeda Jorge, nasceu em 1900 em Alvôr. Casou-se com Luís Cristino, nascido em 1900 em Alvôr, filho de José Cristino, nascido em 20.08.1874 em Alvôr e de Maria João, nascida em 22.07.1873 em Alvôr, casaram-se em 23.11.11897 em Alvôr.
8.5 Pedro Jorge, nasceu em 1905 em Alvôr.
8.6 Frederico Jorge, com quem se continua.
9. Frederico Jorge, nasceu em 10.06.1910 e foi baptizado em 3.07.1910 em Alvôr. Casou-se a 29.03.1937 em Alvôr com Isabel dos Santos, nascida em 12.08.1915 em Alvôr. Filha de José Cristino, nascido em 20.08.1874 em Alvôr e de Maria João, nascida em 22.07.1873 em Alvôr, casaram-se em 23.11.1897 em Alvôr.
9.1 Maria Adelaide dos Santos Jorge, nasceu a 27.05.1939 em Alvôr.
9.2 António José dos Santos Jorge, nasceu a 3.05.1941 em Alvôr.
9.3 Maria dos Santos Jorge, nasceu a 2.10.1949 em Alvôr.
Do primeiro Bourgogne em Portugal à sua descendência no Algarve
(Até aos nossos dias perfazem-se 902 anos de história)
(Famílias Bourgogne, Soares de Albergaria, Cunha, Portocarrero, Paiva, Jaques e Jorge)
1. D. Afonso Henriques de Bourgogne (1º Rei de Portugal), nasceu em 1109 em Viseu e faleceu a 6.12.1185 em Coimbra. Filho de D. Henrique de Bourgogne (Conde de Portugal), nascido em 1069 em Dijon e de D. Teresa de Castela (Condensa Soberana de Portugal), nascido em 1080. Casou-se com D. Mafalda de Savoie e teve vários relacionamentos entre os quais Elvira Gálter e mais três relacionamentos dos quais se desconhece o nome, contudo destas quatro mulheres existiram descendência conhecida.
1.1 D. Henrique de Bourgogne, nasceu em 1147 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.2 D. Mafalda de Bourgogne, nasceu em 1148 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.3 D. Urraca de Bourgogne, nasceu em 1151 e filho de D. Mafalda de Savoie. Casou com Fernando II de Castela e Rei de Leão, divorciaram-se e tiveram como filho o Alfonso IX.
1.4 D. Sancha de Bourgogne, nasceu em 1153 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.5 D. Sancho I o Povoador (2º Rei de Portugal), nasceu em 1154 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.6 D. João de Bourgogne, nasceu em 1156 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.7 D. Teresa de Bourgogne, nasceu em 1157 e filho de D. Mafalda de Savoie
1.8 D. Urraca Afonso de Bourgogne, filha de Elvira Gálter. Teve o Senhorio de Avô que posteriormente trocou pelo de Aveiro.
1.9 D. Frei Pedro Afonso de Bourgogne, nasceu em 1130 e filho do 1º relacionamento desconhecido. Foi Mestre da Ordem de Cristo.
1.10 D. Teresa Afonso de Bourgogne, com quem se continua.
1.11 D. Frei Afonso de Bourgogne, nasceu em 1135 e filho do 2º relacionamento desconhecido. Foi Grão-mestre da Ordem de S. João de Jerusalém.
1.12 D. Fernando Afonso de Bourgogne, filho do 3º relacionamento desconhecido. Foi Alferes-mor do Reino.
2. D. Teresa Afonso de Bourgogne, nasceu em 1134 e foi filha do 2º relacionamento desconhecido de D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal. Casou-se com D. Sancho Nunes, Conde de Celanova, nascido em 1077 e tiveram uma filha Fruilhe Sanches. D. Teresa. Teve um 2º casamento com D. Fernão Mendes “o Bravo” de Bragançãos, senhor de Bragança, nascido em 1096.
O conde D. Pedro diz que D. Afonso Henriques teve esta filha D. Tereza Afonso em D. Elvira Galtér e que, portanto, era irmã inteira de D. Urraca Afonso, casada com D. Pedro Afonso de Lumiares. Mas esta D. Urraca é bem mais tardia, ainda se documentando casada em 1212. D. Tereza Afonso foi certamente a primeira das filhas naturais de D. Afonso Henriques e seria irmã inteira de D. Afonso, nascido em 1135, que foi grão-mestre da Ordem de S. João de Jerusalém (1203-6). Muito se tem escrito sobre esta D. Tereza Afonso, a célebre filha que o Livro Velho, o Livro do Deão e o conde D. Pedro dizem que D. Afonso Henriques tirou ao conde D. Sancho Nunes de Celanova, seu marido, para dar em casamento a D. Fernão Mendes de Bragançãos. Alguns estranham esta história, algo anedótica de facto, esquecendo-se, talvez, que D. Fernão Mendes tinha o poder suficiente para retirar ao domínio português praticamente Trás-os-Montes inteiro, entregando-o a Leão e Castela. E que D. Afonso Henriques pode, de facto, ter sido obrigado a usar a sua filha para impedir isso mesmo, conseguindo ao mesmo tempo, com a doação em dote, mater de vez o território no domínio nacional. Isto mesmo, de resto, diz Mattoso. (Fonte: Manuel Abranches Soveral).
3. D. Fruilhe Sanches de Celanova, nasceu em 1150, Condensa, foi casada com D. Pedro de Bragançãos, Senhor de Bragança, nascido em 1120 e tiveram uma filha, D. Sancha Pires.
4. D. Sancha Pires de Bragançãos, nasceu em 1166 e foi casada com D. Ermigio Mendes de Ribadouro, nascido em 1132.
4.1 Fruilhe Ermiges,com quem se continua.
4.2 Munio Ermiges, faleceu em 1216.
4.3 Rodrigo Ermiges
4.4 Afonso Ermiges
4.5 Urraca Ermiges, foi freira em Santo Tirso, onde jaz com inscrição.
5. Fruilhe Ermiges de Ribadouro, nasceu em 1182 e foi casada com Fernando Ermiges (de Baião), nascido em 1150. D. Fruile Ermiges em 1206 teve de D. Sancho I, sendo «multum naturalis» sua, as «hereditate» que este rei tinha em Cira. Em 1212, esta mesma D. Fruile Ermiges, juntamente com seu filho João Fernandes, aparentado agir como sua tutora, pelo que ele seria ainda menor, deram foral à vila e concelho de Xira. Eram então senhores de Xira e também da vizinha povoação de Vila Franca de Xira. Diz o foral: «mandamos que morem os moradores de xira ensembra com os de vila franca nosa poboraçon». Mas também várias vezes se refere no foral a essa povoação de Vila Franca como «vila franca de xira», pelo que, na verdade, a designação já existia em 1212, sendo que a partir desta data se unem numa única unidade administrativa. Em 1218 a dita D. Fruile Ermiges doou à Ordem do Templo todas as suas «hereditatem de Cira», portanto as que D. Sancho lhe doara. Além disso, doou o que ainda tinha de seu (ou viesse a ter), quer em Portugal, quer em Leão e Castela. Entende-se que já não seria muito, provavelmente por já ter dotado os filhos. Diz que o faz pela sua alma, a de seu marido e a de seus filhos e parentes. Infelizmente não nomeia nem o marido nem os filhos. Tendo tudo em conta, nomeadamente a certeza que era casada com um Fernado, dado o patronímico do filho, e a referência ao que tinha em Leão e Castela, é muito provável que possamos identificar esta D. Fruile Ermiges com a homónima filha de D. Ermigio Menendez de Ribadouro, governador de Penafiel, que o Livro Velho diz que casou com um leonês e se documenta que teve pelo menos uma filha, D. Maria Fernandes, falecida antes dela e sepultada em Vila Boa do Bispo, o que, pelo patronímico da filha, nos revela que esta D. Fruile também casou com um Fernando. Tendo em conta que Xira/Cira/Sira Rolim foi o fundador da terra, não sendo normal que o senhorio tenha saído da família, e que não existe nenhuma doação a D. Fruile (pois a doação de D. Sancho é apenas das herdades que ele aí possuia) ou a quem quer que seja, é de admitir que haja alguma relação familiar entre Xira/Cira/Sira Rolim e D. Fruile Ermiges, que tivesse permitido a passagem directa do senhorio. Mas não se vê nenhuma relação directa, sobretudo se D. Fruile Ermiges era Ribadouro, como de facto parece. Contudo, como já vimos, a viúva de Xira/Cira/Sira Rolim, D. Maria Paes, casou com o cavaleiro D. Fernando Ermiges.
Por morte do 1º marido, com os filhos menores, D. Maria Paes ficou certamente na posse de Azambuja e Xira, senhorios que compartilhou com seu 2º marido D. Fernardo Ermiges, com quem terá casado cerca de 1182. Sem aparentemente ter tido geração, pelo menos masculina, deste 2º casamento, D. Maria Paes terá falecido dez anos depois, cerca de 1192, ainda relativamente nova, com cerca de 40 anos. Então, já seus filhos do 1º casamento tinham atingido a maioridade, e terá sido feito um acordo de partilhas, ficando o mais velho, D. Rolim, com Azambuja, o mais novo, Martim Xira, com o morgado da Albergaria de S. Mateus, e o viúvo D. Fernando Ermiges (e eventual filha do casal) com Xira. Um seis anos depois, lá para 1198, D. Fernando Ermiges voltou a casar 2ª vez com D. Fruilhe Ermiges, sua prima, vindo a falecer entre 1204 e 1212.
Por morte de Fernando Ermiges, ocorrida antes de 1212, ficaram na posse do senhorio de Xira sua viúva D. Fruilhe e seu filho João Fernandes, que então seria menor. (Fonte: Manuel Abranches Soveral).
5.1 João Fernandes
5.2 Ermigio Fernandes, foi Cavaleiro fidalgo. O conde D. Pedro diz que foi bom cavaleiro e esteve com seu irmão na batalha de Azinhaga, perto de Santarém.
5.3 Soeiro Fernandes (de Albergaria), com quem se continua.
6. Soeiro Fernandes (de Albergaria), nasceu em 1204. Foi Cavaleiro fidalgo. O conde D. Pedro diz que foi bom cavaleiro e esteve com seu irmão na batalha de Azinhaga, perto de Santarém. Foi casado com Sancha Martins de Bulhão, 6ª Senhora do morgado da Albergaria de S. Mateus, nascida a 1246. Filha de Domingos Martins de Bulhão e de Aldonça Martins de Xira, Senhora do Morgado da Albergaria de S. Mateus.
7. Estêvão Soares de Albergaria, nasceu em 1265 e faleceu em 1339. 7º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus. Foi Cavaleiro fidalgo, o 1º do nome, Alcaide-mor de Lisboa. O conde D. Pedro diz que foi bom cavaleiro, que foi senhor da Albergaria de D. Paio Delgado. D. Dinis deu carta de administrador dos bens da Albergaria de Doninhas. Casou-se com Maria Rodrigues Quaresma, filha de Rui Vasques Quaresma Mogudo de Sendim e de Maria Peres de Vides.
7.1 Marinha Vasques, nasceu em 1295 e faleceu em 1335. Numa carta de D. Afonso IV sem data, mas de 1335/7, “Marinha vaasqiz molhr q foy de Mr Afon de mloo” vendeu e outorgou perante o dito Rei um escravo negro de nome Isaque. Casou-se em 1310 com Martim Afonso de Mello, Senhor de Juro e Herdade de Gouveia, nascido em 1255. Rico-homem, em 1277, como cavaleiro, participou no conflito entre os Tavares e os Cambra, travado em Fornos de Algodres. Tiveram como filhos Martim Afonso, Joana Martins, Estêvão Soares e Vasco Martins.
7.2 Estevão Soares de Albergaria, com quem se continua.
8. Estêvão Soares de Albergaria, nasceu em 1300 e foi Rico-homem, 8º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus e 3º Senhor do morgado do Hospital de Sto Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu). Em 9.07.1328, D. Afonso IV, doou o foro de umas casas em Lisboa que foram de João Peres, vassalo de Estêvão Soares. Existe também um documento da Sé de Braga, de 23.10.1343, relativo a Pedro Martins, criado de Estêvão Soares de Albergaria. Casou-se com Maria Lourenço de Soalhães, filha de Lourenço Martins de Soalhães e de Maria Pires de Oliveira. Tiveram os seguintes filhos: Lopo Soares de Albergaria e Diogo Soares de Albergaria.
8.1 Lopo Soares de Albergaria, com quem se continua.
8.2 Diogo Soares de Albergaria, nasceu em 1320 e faleceu entre 1382 e 1384. Senhor de juro e herdade de Santar, de juro e herdade de Senhorim, de juro e herdade de Barreiro, de juro e herdade de Óvoa e de juro e herdade do Prado, 10º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus, 5º Senhor do morgado do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu). Foi em 1.03.1376 Alcaide-mor de Arronches, das rendas desta vila, com satisfação da moradia que tinha como vassalo do rei (3.03.1372) e da comenda da mesma vila e rendas de Campo Maior (3.8.1373). Foi casado com Urraca Fernandes e tiveram uma filha, Catarina Soares de Albergaria. Diogo perdeu os senhorios por estar em Castela, ao serviço da rainha D. Beatriz, para onde foi em 1383 e onde morreu entre 1384 e inícios de 1386, sucedendo-lhe a única filha, nomeadamente nos morgado da Albergaria de S. Mateus e do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu), que perderia por estar ao serviço da rainha D. Beatriz.
9. Lopo Soares de Albergaria, 9º Senhor do morgado da Albergaria de S. Mateus, 4º Senhor do Morgado do Hospital de St. Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu) (17.03.1387). Deixou sucessor nos morgadios seu irmão Diogo Soares de Albergaria. Fidalgo, alcaide-mor e Senhor do Castelo de Mourão por D. Fernando. Casou-se em 1336 com Mécia Rodrigues de Vasconcellos, filha de D. Paio de Meira, Senhor de juro e herdade de Entre-Homem-e-Cávado e de Leonor Rodrigues de Vasconcellos.
9.1 Leonor Rodrigues de Vasconcellos, com quem se continua.
9.2 Violante Lopes de Albergaria, nasceu em 1341 e faleceu depois de 1384. Casou em 1368 com João Esteves “o Privado”, Senhor de Azambuja e tiveram uma filha, Beatriz Esteves. Foi casada uma 2ª vez com Rui Pereira, tiveram Teresa Novais. Violante deixou casas à capela do Salvador. Com seu 2º marido Rui Pereira sucedeu a João Esteves nomeadamente nas aldeias de Francos e de Roalde e nas quintãs de Paradela e Muge, por mercês de 17 e 20.6.1373, tendo Rui Pereira já falecido a 8.9.1384 quando Violante Lopes teve confirmação daquelas doações por Dom João I
10. Leonor Rodrigues de Vasconcellos, casou-se em 1356 com Vasco Martins da Cunha, Senhor de juro e herdade de Tábua.
10.1 Martim Vasques, nasceu em 1357 e faleceu em 1417. Foi Alcaide-mor de Lisboa (11.11.1372). Foi 8º Senhor de juro e herdade de Tábua, 6º Senhor do morgado de Tábua, 2º Conde de Valencia (1398).
Casou-se com Maria Girón, Señora de El Frechoso e tiveram os filhos, Leonor, Alonso Téllez Giron, Luís, Beatriz de Acuña. Casou-se, uma 2º vez com Beatriz de Bourgogne, Condessa de Valência, tiveram os filhos, Pedro de Acuña, Ginebra de Acuña e Leonor de Acuña. Martim foi Célebre vencedor, com Gonçalo Vaz Coutinho, da batalha de Trancoso, comparado no seu tempo a Dom Galaz, cavaleiro da Távola Redonda. Ainda com Dom Fernando, teve os castelos de Lamego (11.11.1372), Pinhel e Trancoso, bem como os senhorios de Tarouca e Valdigem, Aguiar e da vila de Pinhel. Sucedeu a seu avô materno como chefe da linhagem dos Soares de Albergaria, nomeadamente como 13º morgado da Albergaria de S. Mateus e 9º morgado do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu), por sentenças de Dom João I de 20.9.1386, 14.10.1386 e 5.4.1389 contra sua prima D. Catarina Dias de Albergaria, que tinha ido para Castela. Será portanto nesta altura que estes Cunha modificaram as suas armas, esquartelando as de origem com a cruz dos Soares de Albergaria e colocando sobre o todo a bordadura de quinas dos ditos Soares de Albergaria. Mais tarde, estas armas passaram a usar-se só com os Cunha em pleno e a bordadura dos Soares de Albergaria, formando assim o brasão de armas dos chamados Cunha de Tábua. Martim Vasques da Cunha terá n. cerca de 1357 e chegou a suceder a seu pai (Dom João I, L2, 11), mas passou depois a Castela, perdendo tudo. D. Nuno Álvares Pereira chamava o Roncador a Martim Vaz, que foi simultaneamente um grande apoiante e grande opositor do mestre de Aviz. Foi ele que liderou nas Cortes de Coimbra a oposição ao Mestre, apoiando o infante Dom João, sendo finalmente convencido pelo Dr. João das Regras, que aliás viria a ser seu genro. Sendo um formidável guerreiro, prestou grandes serviços de guerra ao mestre de Aviz mas nunca se deu muito bem com ele nem com o condestável D. Nuno Álvares Pereira, que curiosamente era cunhado de seu irmão Gil Vasques da Cunha, esse sim, indefectível do mestre, de quem foi alferes-mor. Martim Vaz ainda serviu Dom João I durante cerca de 10 anos, sendo a 21.5.1384 feito senhor de juro e herdade de Lafões e muitos outros bens confiscados ao conde de Seia D. Henrique Manuel, bens estes que lhe seriam confiscados também a por ter ido para Castela. De Dom João I teve ainda a jurisdição de Mondim e Sever, os senhorios de Lafões, Besteiros, Vouzela, Penalva, Sátão, Rio de Moinhos, Gulfar, Aguiar da Beira, Queirã, Lousada, Linhares, Ázere, Lanhoso, Sinde, Arganil (depois trocada pelo couto de S. Romão), etc., bem como carta de privilégio para a sua albergaria e hospital de Stº Eutrópio e quinta de Benafaraz em Almada. Martim Vaz passou-se depois para Castela, onde foi 2º conde de Valência, por sua 2ª mulher, com quem lá casou ou já aqui havia casado, filha justamente do infante Dom João, a quem o ligava uma grande amizade.
10.2 Estevão Soares da Cunha “o Desassisado”, nasceu em 1358. Fidalgo da Casa Real. Casado com Constança Peres Escobar, morta pelo marido. Tiveram como filhos, Lopo da Cunha, Martim Soares da Cunha, Vasco da Cunha, Gil da Cunha, Mécia Vasques da CunhaDevia ter sucedido no senhorio e morgadio de Tábua quando seu irmão Martim o perdeu por ter passado para Castela. Mas depois também este Estêvão Soares foi homiziado em Castela por ter morto a mulher, Constança Peres Escobar e o seu amante, ela filha de João Pires Escobar, fronteiro da Beira. Talvez seja o Estêvão (resto do nome ilegível) a cuja mulher, dita Constança Soares, o Cabido de Viseu emprazou a 14.3.1405 uma terra em Lonarela, Pascoal, no termo de Viseu. Acabou assim por suceder no senhorio e morgadio seu irmão Vasco.
10.3 Vasco Martins da Cunha “Rabo de Asno”, com quem se continua.
10.4 Gil Vasques da Cunha, nasceu em 1361 e faleceu em 1421. 1º Senhor de juro e herdade de Cabeceiras de Basto (1.06.1402), Senhor de juro e herdade de Portocarreiro (1 de Junho de 1402). Foi Alferes-mor de Portugal (1385), alcaide-mor de Marialva (por D. Fernando). Casou com Isabel Pereira, Senhora da torre de Portocarreiro, nascida em 1376 e filha de D. Álvaro Gonçalves Camelo, Senhor da torre de Portocarreiro. Tiveram filhos, Fernão Vasques da Cunha, João Agostim Pereira, Filipa da Cunha e Maria da Cunha. Teve um 2º casamento com Leonor Gonçalves de Moura.
10.5 Mécia da Cunha, Abadessa do Mosteiro de Lorvão em 1409. A D. Mécia da Cunha que foi dama da rainha Dona Filipa com 700 libras de moradia.
10.6 Rui da Cunha, Comendador da Ordem de Santiago, que combateu em Aljubarrota. Faleceu solteiro sem geração antes de 1409, pois não é referido, ou qualquer seu filho, na partilha dos bens de seu pai.
10.7 Lopo Vasques da Cunha, nasceu em 1364 e faleceu em 1449. Senhor da Maia, serviu de alferes-mor do reino na batalha de Aljubarrota por seu irmão Gil. Passou a Castela em 1397 com seu irmão Martim, onde foi senhor das vilas de Buendia a Azanhon (5.11.1397).
11. Vasco Martins da Cunha “Rabo de Asno”, nasceu em 1360. 9º Senhor de juro e herdade de Tábua, 7º Senhor do morgado de Tábua, 1º Senhor de juro e herdade de Penalva (28.03.1434)
Fidalgo, alcaide-mor de Lanhoso. Foi ainda senhor de juro e herdade de S. Gião e de Ázere e Sinde (28.3.1434). D. Fernando confirmou-lhe Penalva e Sinde. Casou-se com Beatriz Gomes da Silva, filha de Fernão Gomes da Silva, senhor de juro e herdade das Terras do Bouro e de Maria Coelho. Tiveram os filhos, Maria Anes Coelho, Martim Vasques da Cunha, Rui da Cunha, Aires da Cunha, Afonso da Cunha e João da Cunha. De uma relação desconhecida teve a Leonor da Cunha e de outra teve a Catarina da Cunha.
11.1 Maria Anes Coelho, Abadessa do mosteiro de Lorvão (já o era em 1436)
11.2 Martim Vasques da Cunha, nasceu em 1390, 10º Senhor de juro e herdade de Tábua, 8º Senhor do morgado de Tábua. Casou com Mécia de Andrade e tiveram filhos, Álvaro da Cunha e Vasco Martins da Cunha.
11.3 Rui da Cunha, Embaixador em Roma (1444) e prior do mosteiro e colegiada de Stª Mª de Guimarães, cargo que já tinha em 1436 e mantinha a 20.1.1439 quando obteve de Dom Afonso V carta de privilégio de fidalgo.
11.4 Aires da Cunha, Escudeiro do Infante D. Fernando em 1436, faleceu solteiro sem descendência.
11.5 Afonso da Cunha, A 4.5.1436 sucedeu em todas as quintãs, casais e herdades que seus pais tinham em Entre-Douro-e-Minho, por confirmação real da doação que seus pais (Vasco Martins da Cunha e Beatriz Gomes da Silva) e irmãos (Rui da Cunha, Aires da Cunha, D. Maria da Cunha e Martim Vasques da Cunha) lhe fizeram por instrumentos públicos feitos em Guimarães, Lanhoso, Coimbra, Estremoz e Tábua, respectivamente a 20.1, 19.1, 9.2, 3.3 e 10.4 de 1436. Este último instrumento foi feito em Tábua por Afonso André, «notairo de Vasco marjnz da cunha», o qual Vasco Martins reserva para si, do que tem no Entre-Douro-e-Minho, o casal de Vila Chã, no termo de Penela. Alão diz que Afonso da Cunha foi escudeiro do Infante Santo, que esteve em Ceuta e ficou cativo em Fez, onde fal. solt. s.g.
11.6 João da Cunha, Frade da Ordem do Carmo, segundo Alão. Se existiu e era legítimo, já tinha falecido em 1436, pois não é referido na doação a Afonso da Cunha
11.7 Leonor da Cunha, nasceu em 1400 e filha de um 1º relacionamento desconhecido. Casou com Fernão Gomes de Lemos, Senhor de Góis e tiveram uma filha, Beatriz de Góis. Existem registo que indicam que o pai diz em 1431 que ela “pasa de hidade de trinta annos”, que levou por dote os senhorios de Penalva e S. Gião, para o que seu pai obteve licença de Dom Duarte de 26.12.1434. Muito embora nesta mercê não se refira que era filha natural, não podia deixar de sê-lo, uma vez que não consta na doação a Afonso da Cunha, onde constam todos os seus irmãos legítimos. O próprio rei, como ficou referido acima, diz nesta carta que Vasco Martins da Cunha se tinha separado da mulher e por seu mandado tornara a viver com ela. Esta Leonor deve ser filha natural, havida nesse interim. Como indício, convém referir que enquanto em 1436 sua irmã vem como D. Maria, ela nesta mercê vem sem o Dona. Casou em 1431, com dote real de 2.500 coroas de ouro de 16.4.1430.
11.8 Catarina da Cunha, com quem se continua.
12. Catarina da Cunha, nasceu em 1415 e filha de um 2º relacionamento desconhecido, faleceu em 1505. Casou com Vasco Martins de Portocarrero, Senhor do Paço de Pombal, filho de Vasco Martins de Portocarrero, Senhor do Paço de Pombal e de Catarina da Cunha.
13. Nuno Martins de Portocarrero, nasceu em 1430 e faleceu em 1504. Cavaleiro e Senhor da Torre de Portocarreiro (3.10.1464). De uma primeira relação desconhecida tiveram um filho, Francisco de Portocarreiro. Posteriormente casou com Maria da Cunha, Senhora de Juro e herdade de Portocarreiro e tiveram uma filha, Guiomar de Portocarreiro. A 3.10.1464 D. Afonso V confirmou-lhe o privilégio, mantendo-lhe a honra das suas quintãs de Louredo e da Torre (CAV, 8, 20v e 21). Teve estas quintãs e honras por sua mulher e prima.
13.1 Francisco de Portocarreiro, com quem se continua.
13.2 Guiomar de Portocarreiro, nasceu em 1456 em Portocarreiro e faleceu em 1525. 11º Senhora da Torre de Portocarreiro, 10ª Senhora do Paço de Pombal (11.08.1505), 1ª Senhora da Quinta do Paço de Valpêdre. Teve um relacionamento com D. João de Ozorio, Comendatário de Paço de Sousa e filho de Lopo Fernandes de Ozorio e Isabel Cardim. Tiveram os seguintes filhos: Gonçalo, Helena de Portocarrero, D. Justo, Nicolau, Maria da Cunha, Isabel Cardim, Filipa, Francisco da Cunha, D. Manuel da Cunha, Jerónimo, Pedro da Cunha Ozorio.
14. Francisco de Portocarrero, nasceu em 1451 e faleceu em 1497. Casou com Filipa de Paiva, nascida em 1478 e faleceu antes de 23.06.1497. Filha de Gil Anes (de Magalhães) e Isabel de Paiva.
Francisco de Portocarrero, foi fidalgo da Casa Real e anadel-mor dos besteiros. A 17.9.1476, foi referido como Fidalgo da Casa do Príncipe, D. Afonso V coutou-lhe a seu pedido um paúl do príncipe no termo da vila de Lagos, que se chamava Reguengo. E por carta do dia seguinte, onde já é referido como anadel-mor dos besteiros da câmara do príncipe, o Rei deu-lhe carta de privilégio de fidalgo para todos os lavradores do seu paúl do termo da vila de Lagos. Ainda vivia a 20.12.1486, quando teve de D. João II carta de privilégio para os besteiros do julgado de Portocarreiro. D. João II aforou-lhe várias terras no seu paul de Lagos em 1481, 82 e 86.
Em 1489 documenta-se como cavaleiro da Casa de D. Manuel I e seu anadel-mor dos besteiros da câmara. A 2.11.1497 este rei confirmou a Martim Landeiro, escudeiro, e sua mulher, moradores em Lagos, um aforamento em fatiota feito a Francisco Portocarreiro, fidalgo da sua Casa e anadel-mor dos besteiros da câmara, e Filipa de Paiva, sua mulher. Apresenta incluso contrato de aforamento de um pedaço de terra que confronta com terra do rei, de João Vasques, alfaiate, e com o campo da viúva de Pero de Lisboa, entre outros locais. Mas a 18.1.1497 o mesmo rei nomeou Rui Gil Magro, cavaleiro da sua Casa, no ofício de capitão e anadel-mor de todos os besteiros da câmara de todos os reinos e senhorios, em substituição de Francisco de Portocarreiro, que o dito ofício tinha e faleceu.
A 1.8.1511, já falecido, Francisco Portocarreiro documenta-se como sogro de Cristóvão Jaques
15. Isabel de Paiva, nasceu em 1490 e faleceu depois de 9.09.1575. Senhora do Paul de Lagos. Casou com Cristóvão Jaques, Cavaleiro da Casa Real, Senhor do Paul de Bordeira e Bordalete, Capitão de umas primeiras armadas que D. João III mandou para descobrir o Brasil. Filho de Pedro Jaques, Senhor do paul de Bordeira e Bordalete e de Beatriz Afonso.
D. Isabel de Paiva (assim referida) teve aforamento em três vilas do Paúl de Lagos, e ainda vivia 9.9.1575, dada em que lhe foi confirmado por D. Sebastião (CSI, 36, 211).
Bartolomeu de Paiva, cavaleiro fidalgo da Casa Real, morador em Lisboa, apresentou a 25.7.1497 em Lagos uma procuração de Gil Eanes, seu pai, de 23.6.1497, que era administrador e curador da sua neta Isabel (CMI, 14, 98v e 99).
Mas em 17.2.1502 Bartolomeu de Paiva já é administrador dos bens da sobrinha Isabel de Paiva (CMI, 6, 21 e 21v).
A 3.9.1504 D. Manuel I confirmou a João Vaz e a sua mulher Ana Vaz o aforamento de um juncal situado no Paúl de Lagos, por foro anual de 120 reais, com as confrontações e condições declaradas que neles trespassaram Pero Esteves e sua mulher Catarina Lopes, moradores nessa vila, por 3.000 reais brancos, como se sabe pela carta de trespasse feita em Lagos, na Alfândega do rei, a 27 de Julho de 1504, por Francisco de Souz, escrivão do almoxarifado, na presença das testemunhas João Gil, criado de Cristovão Jaques, também presente, cavaleiro do rei e senhor do reguengo do Paúl, termo de Lagos, de Garfim Delgado e Gil Canóis da Costa, cavaleiro da Casa d'el rei e morador em Lagos, e de Diogo Godinho, cavaleiro e almoxarife dessa vila. O instrumento de aforamento a Pero Esteves foi feito a 24 de Julho de 1497, em casa de Pero Vaz, por Francisco de Souz, na presença das testemunhas Pero Vaz da Ruiva e Tomás Fernandes, moradores nessa vila, e de Bartolameu de Paiva, cavaleiro do rei, morador em Lisboa, procurador de seu pai, Gil Eanes, cavaleiro da Casa d'el rei, curador de sua neta Isabel de Paiva, filha de Filipe de Paiva e de Francisco Portocarreiro, falecido, para que pudesse aforar o paul de sua neta; o juncal andou em pregão por Simão Gonçalves, porteiro do concelho dessa vila. A procuração foi feita em Lisboa a 23 de Julho de 1497, por Fernão Vaz, aí tabelião, na presença das testemunhas Fernão Rodrigues, Brás Afonso e João Vaz, tabeliães.
16. Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1507. Foi Capitão de um dos 3 navios com que D. João III mandou correr os lugares de África (Alão de Moraes). Casou com Inês Rebelo, filha de Diogo Rebelo e de Vicência Jaques Botelho e que não houve descendência. Teve um relacionamento desconhecido do qual teve uma filha, Joana de Paiva.
Manuel Jaques de Paiva, a 26.10.1558 recebeu a capitania de duas naus da carreira da Índia (Luciano Ribeiro, Registo da Casa da Índia, n.550).
A 1.9.1557 dirige uma carta à rainha expondo-lhe que na viagem que fez a Cabo Verde tomara duas naus, uma francesa com muitos portugueses e outra de índios de Castela com vários géneros, do que dava parte a Sua Alteza em quanto corregedor devassava de semelhantes roubos (TT – CC, p.1 m.101).
A 6.9.1557 é referido numa carta em que Afonso Anes, corregedor de Lagos, dá parte ao Rei que ele, o capitão Manuel Jaques de Paiva, havia tomado um patacho francês e uma nau espanhola e que metendo-as na barra de Vila Nova devassara o requerimento do dito capitão, e que sobre isto o achara provados os delitos de que os acusavam (TT – CC, p.1 m.101).
17. Joana de Paiva, nasceu em 1555. Casou com António de Cintra de Sousa, filho de Vicente de Sousa.
18. Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1575. Foi Alcaide-mor e Capitão-mor de Albufeira. Casou em 20.04.1609 com Paula Neto, filha de Diogo Neto e de Catarina Neto.
19. Maria de Paiva e Sousa, nasceu em 1610 em Lagos. Casou em 1629 em Lagos com João Mendes da Silva, nascido em 1610 em Alvôr, filho de Álvaro de Oliveira Jaques e Beatriz da Palma Velho.
20. Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1635 em Alvôr. Capitão e Alferes à data do seu casamento. Apadrinhou em 1672 e em 1676 em Odiáxere, sendo morador nessas datas em Lagos. Casou a primeira vez em 1660 em Alvôr com Eufrásia Carvalhal de Oliveira, nascida em 1640 em Santa Maria, Odemira, que amadrinha em 1680 nesta Vila, junto com Vicente Velho, de Aljezur neta Isabel, filha de André Rodrigues Mexilhão e de Mónica da Palma. Filha de Jerónimo do Carvalhal Fogaça, baptizado a 15.08.1600 em Odemira e falecido em 1676, sepultado no Convento de Odemira, fidalgo de cota de armas 9.09.1651 (Capitão-mor de Odemira, “gente munto noblissima da prinsipal desta villa”, “das principais famílias” e morador em Alvôr) e de Anastácia Coelho de Mello (nascida entre 1618 e 1620, casou-se em 27.09.1638 em Odemira, filha de João Coelho de Mello, Fidalgo de Cota de Armas, 6.08.1625 e Capitão-mor de Odemira e de Verónica Pinto Lobato). Manuel Jaques de Paiva casou uma 2ª vez em 15.11.1660 em Portimão com Isabel Varela, filha do Sargento-mor de Alvôr Vicente Dias Varela, nascido em 1600 em Alvôr (filho de Gaspar Varela e de Maria Fernandes) e de Catarina de Sousa de Andrade, nascida em 1615 em Portimão (filha de João Pacheco de Sousa e de Isabel de Arrochela).
21. Álvaro de Oliveira Jaques, nasceu em 1703 em Alvôr, declarando em 1730, no seu processo de habilitação para bacharel (IAN/TT – Leitura de Bacharéis let.A m.16 n.4) ter 27 anos de idade pouco mais ou menos. Foi escrivão dos órfãos, inquiridor, distribuidor e contador de Vila Nova de Portimão por carta datada de 1730 (IAN/TT - chancelaria D. João V, L.78 fl.263), alferes da companhia de Manuel Pais de Sousa (juiz e capitão de ordenanças de Alvôr) e serviu como vereador. Casou a 13.12.1719 em Portimão com D. Mariana Gertrudes Valente de Castelo Branco, filha de Diogo Mendes de Miranda, que tinha parte de cristão-novo, e de D. Brites Valente de Castelo Branco (descendente do 1º Conde de Portimão, D. Martinho Vaz de Castelo Branco e de Brites Valente) naturais de Portimão e Lagos, respectivamente, e moradores em Portimão.
21.1 Manuel Jaques de Paiva, nasceu em 1720 em Portimão. Foi Vereador em Portimão e casou a 12.8.1745 nas Caldas de Monchique com D. Rosa Angélica de Almeida, de Silves, filha de Vicente Dias Malveiro e de Maria Coelho de Almeida
21.2 D. Catarina Gertrudes Valente Castelo Branco, nasceu 11.04.1726. Casou a 11.9.1743 em Portimão com Francisco Nunes Bustorff, de Portimão, filho de Diogo Fernandes Crespo e de Maria Arcângela Bustorff.
21.3 João da Silva Jaques de Paiva, Casou a 29.5.1760 em Portimão com D. Mariana Josefa Mascarenhas de Sampaio de Bettencourt, de Portimão, filha do capitão Francisco de Sampaio Pacheco Mascarenhas e de D. Isabel Mascarenhas de Andrade e Bettencourt.
21.4 Diogo Mendes de Miranda, com quem se continua.
22. Diogo Mendes de Miranda, nasceu em 1730 em Portimão. Casou três vezes: a 1ª com Inês Perpétua Bocarro, nascida em Alvôr e falecida 23.10.1763 em Alvôr, filha do sargento-mor Pedro Varela de Moura e de D. Maria Bocarro; casou 2ª vez a 10.02.1777 em Portimão com D. Maria Cândida Avelar, filha de Isidoro Avelar, natural de S. Vicente, bispado de Catalunha, capitão, e de D. Antónia Margarida de Castro, natural de Portimão, não tiveram descendência. Casou uma 3ª vez com Joana Xavier em Portimão, não tiveram descendência.
22.1 Álvaro de Oliveira Jaques, nasceu a 9.11.1751 em Alvôr. Em 1790 tentou a sua emancipação alegando que a gestão que o pai fazia dos bens que lhe cabiam na herança da mãe era ruinosa. Apesar do reconhecimento da má gestão por parte do pai, essa emancipação foi recusada (IAN/TT – Desembargo do Paço, Algarve, m.490 n.37). Casou com a 1ª vez a 26.2.1797 em Portimão com Ana Bernarda, filha de António de Azevedo Ferreira, alferes, e de Isabel Paula; neta paterna de Martinho dos Santos Botelho, alferes, nascido em Cascais e de Isabel dos Anjos, nascida em Portimão; e neta materna de José Neto e de Constança Martins. Casou com 2ª vez com Teresa Raimunda, filha de Simão Barroso e de Mariana Jacinta; e neta materna de Manuel Pires Barriga, alferes e de Antónia Teresa.
22.2 Manuel, nasceu em 26.08.1753 e baptizado em 2.09.1753 em Alvôr, sendo padrinho Álvaro de Oliveira Jaques.
22.3 Pedro, nasceu em 27.09.1756 e foi baptizado a 4.10.1756 em Alvôr, sendo seu padrinho o Padre António Rodrigues Varela.
22.4 Francisco Jaques de Paiva, com quem se continua.
23. Francisco Jaques de Paiva, nasceu em 7.01.1760 e foi baptizado em 14.01.1760 em Alvôr, foi padrinho Francisco de Sousa Prado do Nascimento, de Portimão. Casou a 27.1.1789 em Alvor com Beatriz Perpétua, filha de Miguel Rodrigues Bota e de Perpétua Maria dos Ramos.
23.1 Inês Perpétua, com quem se continua.
23.2 José Francisco Jaques, nasceu em 30.01.1794 em Alvôr e casou com Maria do Rosário em 31.07.1828 em Alvôr. Nasceu em 1805 em Alvôr, filha de João Jaques de Amorim e de Mariana Teresa.
23.3 Gertrudes, nasceu em 11.06.1798 em Alvôr.
23.4 Escolástica Rosa, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou uma 1ª vez em 28.10.1827 em Alvôr, com José de Sousa Guerreiro, filho do Alferes José de Sousa Guerreiro e de Mariana Francisca Joaquina. Casou uma 2ª vez com Francisco Inácio em 28.10.1827 em Portimão.
23.5 Teresa de Jesus, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou com Custódio Joaquim em18.05.1824 em Alvôr.
23.6 Maria Perpétua, nasceu em 1800 em Alvôr. Casou uma 1ª vez com Anastácio José em 23.01.1822 e uma 2ª vez com José Rodrigues em 25.04.1843 em Alvôr.
23.7 Liberata de Jesus, nasceu a 20.12.1800 em Alvôr. Casou uma 1ª vez com António da Cruz em 5.02.1833, Alvor. Uma 2ª vez com José Francisco Rocha em 2.05.1848 em Alvor e uma 3ª vez com José Figueiras em 2.03.1835 em Alvôr.
24. Inês Perpétua, nasceu em 5.02.1790 em Alvôr. Foram padrinhos o Alferes Vicente Dias e D. Maria Cândida, de Lagos. Casou em 26.01.1813 em Alvôr, com António Marreiro, nascido em 1790 em Lagos. Filho de Joaquim Rodrigues de Sousa de Vila do Bispo, Sagres e de Maria Gonçalves da Vila do Bispo (neta paterna do Capitão Domingos Marreiros de Barbudo e trisneta do Capitão Filipe de Sintra de Barbudo, da Vila do Bispo).
24.1 José Cipriano, com quem se continua.
24.2 Isabel da Conceição, nasceu em 1815 em Alvor. Casou em 5.05.1835 em França, com Miguel dos Santos, nascido em 1815 em Alvor e filho de Bernardo dos Santos e de Úrsula Maria Varela.
24.3 Ana do Carmo, nasceu em 1815 em Alvor e casou em 25.01.1836 em Alvor com António Rodrigues, filho de Inácio Rodrigues e de Jacinta de Jesus.
24.4 Maria do Rosário, nasceu em 1815 em Alvor. Casou em Alvor em 13.11.1844 com Francisco de Sousa Prazeres, nascido em 1815 em Lagoa e filho de José de Sousa Prazeres e de Maria Rosa.
24.5 Manuel, nasceu em 5.06.1826 em Alvor.
24.6 António Marreiros, nasceu em 30.03.1830 em Alvor. Casou em 17.11.1857 em Alvor com Teresa de Jesus, nascida em 15.12.1840 em Alvor, filha de Joaquim Duarte e de Joaquina Rosa.
24.7 Inês, nasceu em 8.12.1833 em Alvor.
24.8 Francisco, nasceu em 12.11.1836 em Alvor.
25. José Cipriano, nasceu em 1815 em Alvor. Casou-se em 5.05.1835 em Alvor com Maria Escolástica, nascida em 1815 em Alvor, filha de Joaquim Simões e Escolástica Rita
26. Escolástica Rita, nasceu a 10.10.1845 e foi baptizada a 10.11.1845 em Alvor. Foram padrinhos Salvador José e Maria Rosa. Casou-se em 29.07.1873 em Alvor com Francisco Xavier “o Tutis”, nascido em 1824 em Alvor. Filho de António Xavier, nascido em 1793 em Portimão e de Mariana de Jesus, nascida em 1796 em Alvor e casaram-se em 6.02.1821 em Alvor.
27. Maria da Conceição, nasceu a 3.11.1875 e foi baptizada a 21.11.1875 em Alvor. Foram padrinhos José Fernandes Dias e Maria da Conceição. Casou-se em 20.06.1893 em Alvor com Manuel António Jorge, nascido a 1.06.1872 e baptizado a 16.06.1872 em Alvor, foram padrinhos Manuel Jesus e António Moreira. Filho de António Jorge, nascido a 22.07.1837 em Alvor (filho de José Jorge Canelas, nascido em 1795 em Alvor e de Francisca Rosa, nascida em 1810 em Alvor) e de Maria do Rosário nascida em 12.10.1833 em Alvor, filha de Pedro António Pacheco, nascido em 1800 em Portimão e de Ângela Teresa, nascida em 24.05.1797 em Alvor (filha de Manuel da Costa, nascido em 1720 em Lagos e de Teodora Guerreira, nascida em 1730 em Alvor).
27.1 António Jorge, nasceu em 5.04.1894 em Alvor.
27.2 Francisco Jorge, nasceu em 5.08.1896 em Alvor. Casou-se em 18.02.1922 em Alvor com Júlia de Jesus, nascida em 1895 em Alvor.
27.3 Joaquim Jorge, nasceu a 3.06.1898 em Alvôr. Casou-se em 20.01.1925 em Alvôr com Brites Santana, nascida em 1905 em Alvôr e filha de Carlos de Sant’Ana, nascido em 9.01.1842 em Alvôr e Florinda Brites, nascida em 1845 em Alvôr.
27.4 Águeda Jorge, nasceu em 1900 em Alvôr. Casou-se com Luís Cristino, nascido em 1900 em Alvôr, filho de José Cristino, nascido em 20.08.1874 em Alvôr e de Maria João, nascida em 22.07.1873 em Alvôr, casaram-se em 23.11.11897 em Alvôr.
27.5 Pedro Jorge, nasceu em 1905 em Alvôr.
27.6 Frederico Jorge, com quem se continua.
28. Frederico Jorge, nasceu em 10.06.1910 e foi baptizado em 3.07.1910 em Alvôr. Casou-se a 29.03.1937 em Alvôr com Isabel dos Santos, nascida em 12.08.1915 em Alvôr. Filha de José Cristino, nascido em 20.08.1874 em Alvôr e de Maria João, nascida em 22.07.1873 em Alvôr. Casaram-se em 23.11.1897 em Alvôr.
28.1 Maria Adelaide dos Santos Jorge, nasceu a 27.05.1939 em Alvôr.
28.2 António José dos Santos Jorge, nasceu a 3.05.1941 em Alvôr.
28.3 Maria dos Santos Jorge, nasceu a 2.10.1949 em Alvôr.
Sem comentários:
Enviar um comentário