Está em fase de subscrição um livro de Nuno Campos Inácio, um romance histórico "1189 – O Último Massacre". Este livro descreve a conquista de Alvor em 1189, além de outros aspectos da história algarvia da época islâmica/cristã. O romance, com cerca de 400 páginas, será editado brevemente pela Eranos, uma editora do Grupo Ésquilo, dedicada a romances históricos, numa primeira edição de 1.500 exemplares.
Em Maio de 1189 uma frota composta por 40 embarcações, tripulada por Cruzados nórdicos a caminho de Jerusalém, aportou na Ria de Alvor, fazendo um cerco à cidade e conquistando-a.Como consta das fontes coevas, toda a população foi massacrada e a cidade completamente destruída, contabilizando-se o número de mortos em mais de 5.000, ou seja, a população que essa localidade só conseguiu recuperar oito séculos depois.O presente romance histórico pretende relatar os acontecimentos que culminaram na conquista mais trágica e ignóbil da história de Portugal, infelizmente, muitas vezes oculta dos compêndios da história nacional. Ao longo da presente obra, o leitor poderá acompanhar a viagem das forças cruzadas, conhecendo as diferenças culturais, geográficas e urbanas dos vários elementos que as compunham, havendo descrições das seguintes localidades: Hedeby, Jelling, Kaupang, Bremen, Flandres, Londres, Jerusalém, Santiago de Compostela, Lisboa, Sagres, Lagos, Portimão, Alvor, Alcalar, Monchique, Silves, Estômbar, Albufeira, Faro, Loulé e Messines.Um romance que aborda a diferença cultural entre Cristãos do Norte e do Sul e entre estes e os Muçulmanos e os Judeus; um romance que procura desvendar a real motivação dos combatentes; o papel de Filipe da Alsácia na conquista de Alvor e de Silves; a intervenção das Ordens Religiosas Portuguesas dos Templários, Hospitalários e Espatários; as diferentes formas de interpretar Jesus Cristo e a sua ligação com Maria Madalena e muitas outras surpresas.Uma obra que pretende ser rigorosa na descrição das forças em conflitos, quanto ao traje e armamento utilizado. Acima de tudo, trata-se de um romance que pretende chamar a atenção para uma lacuna grave dos compêndios da história de Portugal, uma vez que Alvor foi a única cidade da Europa Medieval que viu toda a sua população chacinada.