Saber quem foram os meus antepassados e de onde vieram sempre foi algo que me intrigou. Contudo somente por volta dos meus quarenta anos é que a oportunidade me abriu as portas do conhecimento e do gosto pela Genealogia. Primeiro, saber quem foram os avós dos avós...dos avós dos meus pais, o que faziam, qual o ambiente da altura, quais os acontecimentos marcantes e que profissões tinham. Talvez, sabendo como eram e como viviam, me possam ajudar a explicar o que sou e porque sou.
Pelas mãos de um amigo fui apresentado à Torre do Tombo e os primeiros passos foram dados na leitura "dificil" dos registos paroquiais. Á medida que ía conhecendo, queria mais e mais, fui onde precisava, Arquivos Distritais, Faro, Setúbal, Beja. No entanto, também isto não era o suficiente, necessitava de completar a informação com livros de História, visitas à Biblioteca Nacional e a todas a bibliotecas regionais, Odemira, Beja entre outras. Mesmo assim, ainda falta mais, pelo que nem as Feiras do livro escapam, VN de Milfontes, Portimão, etc. É uma procura constante, meio louca, mas de uma paixão completa.
Este é quase um gosto solitário, aos amigos mostramos como uma curiosidade estranha, aos familiares existe surpresa e interesse, mas no fim estamos novamente sós neste prazer de conhecer. Por ter ao longo deste tempo aproveitado muito trabalho feito por outros como eu, sinto-me na obrigação de partillhar agora o meu.
Fernando d'Aigües
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